Hoje na História
Redação Publicado em 24/08/2015, às 13h00 - Atualizado em 18/10/2018, às 13h08
24 de agosto de 1572, em Paris
Mortes e perseguições marcaram as reformas religiosas que abalaram a Europa, durante o século 16. A Reforma Protestante contra a Igreja Católica e a Contra-Reforma – movimento mais ou menos equivalente, mas na direção contrária – dividiram antigos aliados e tiveram repercussões sociais e políticas. Na França, o avanço do calvinismo gerou o mais sangrento desses conflitos: o Massacre de São Bartolomeu. As fontes históricas diferem quanto ao número exato (há relatos de 3 mil a 70 mil mortes), mas o certo é que, na noite do dia 24 de agosto, milhares de protestantes foram executados por ordem de Catarina de Médici, viúva de Henrique II e mãe de Carlos IX, o jovem rei da França. Catarina temia a influência crescente dos protestantes, chamados pelos católicos de huguenotes (a palavra pode ser uma derivação do vocábulo alemão eidgenossen, isto é, “federados”, ou uma referência à torre do rei Hugo, em Tours, onde líderes reformistas se reuniam). Entre eles estava Gaspar de Coligny, conselheiro do rei Carlos.
Os católicos tentaram matar Coligny, mas falharam. Com medo de retaliação, Catarina ordenou o massacre. As brigas religiosas retardaram a consolidação do absolutismo na França, deixando-a em desvantagem frente à Espanha e à Inglaterra. A noite de São Bartolomeu é o fato mais significativo na origem da lenda de que agosto é o mês dos maus agouros.Oswaldo Aranha: O brasileiro que presidiu a assembleia que determinou a partilha da Palestina
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