Existência de lugar paradisíaco não foi comprovada até hoje
Maria Dolores Duarte Publicado em 01/03/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
Embora seja a mais conhecida das Sete Maravilhas, os Jardins Suspensos da Babilônia talvez nunca tenham existido. “Não há registro da época sobre eles e os achados arqueológicos até hoje não provaram sua existência”, diz o professor de História Antiga da Universidade Federal Fluminense Marcelo Rede. Mas de onde vem a história?
Quando Nabucodonosor assumiu o reino da Babilônia, em 600 a.C., construiu um complexo arquitetônico composto por palácios, templos e muralhas e transformou-o no mais luxuoso de toda a Mesopotâmia (atual Iraque). O esplendor era tanto que pessoas que passavam por lá saíam contando maravilhas – muitas exageradas. Os historiadores gregos Diodoro e Strabo podem ter juntado descrições dos jardins assírios – que tinham animais, plantas exóticas e sistemas de irrigação – com obras de Nabucodonosor quando escreveram sobre os jardins da Babilônia.
Camadas protetoras
Para proteger as fundações de barro dos jardins da água dos canais, o sistema de impermeabilização tinha plataformas de pedra na base dos pavimentos cobertas por junco, asfalto, azulejo e folhas de chumbo. Só acima disso tudo era colocada a terra.
Vasos gigantes
As beiradas dos seis patamares dos jardins tinham colunas de 25 a 100 metros. Ocas, elas eram feitas de tijolo cozido e betume, um tipo de asfalto. Lá eram plantadas as árvores de grande porte, como as palmeiras. Ao lado das colunas, mais vegetação e topiarias – esculturas feitas em árvores e arbustos.
Jardim zoológico
O local é tido como a origem dos jardins botânicos e zoológicos por abrigar uma enorme diversidade de plantas – de palmeiras e macieiras a plantas medicinais –, bichos exóticos como faisões, cervos e pavões e até animais selvagens como leões e javalis, que ficavam em jaulas.
Torre de babel
Se os Jardins Suspensos existiam mesmo, tinham visão privilegiada da Torre de Babel – esta, sim, teve parte de sua base encontrada em escavações. Construída por Nabucodonosor, era um zigurate, espécie de templo-torre muito comum na região.
Super-regador
Os jardins tinham um canal especial que desviava a água do rio Eufrates. Da base, ela era elevada por um sistema de roldanas e baldes até uma piscina no topo. De lá, seguia por uma série de pequenos canais por toda a estrutura.
A vida é bela
A função principal dos jardins era embelezar a cidade. As pessoas iam até eles para passear e usavam as bancadas e mesas para banquetes ao ar livre. O próprio Nabucodonosor, segundo historiadores, freqüentava o local com suas esposas.
Oswaldo Aranha: O brasileiro que presidiu a assembleia que determinou a partilha da Palestina
Quando enganar o outro virou “conto do vigário”?
Otan x Pacto de Varsóvia: Mundo já esteve refém de suas trocas de ameaças
10 particularidades sobre a Guerra do Paraguai
Georgi Zhukov: o homem que liderou as batalhas mais importantes da URSS na Segunda Guerra
Liberdade, Igualdade, Fraternidade: Há 230 anos, era aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão