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Inquisição pegou gay brazuca

Inquisição pegou gay brazuca

01/12/2007 00h00 Publicado em 01/12/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

Pernambuco, se­tem­bro de 1593. O visitador do Santo Ofício Heitor Furtado de Mendonça desembarcou no Recife e, nos 22 me­ses seguintes, ou­viu 209 de­nun­cian­tes e 61 con­fis­sões. Entre os casos, ­mais de 30 man­ti­nham em se­gre­do que ­eram “fan­cho­nos” – ou seja, ­gays. En­tre eles, An­dré Les­sa, sa­pa­tei­ro que vi­via no cen­tro de Olin­da. Em seu cur­rículo cons­ta­vam 31 ra­pa­zes com ­quem “oficialmente” ­ pra­ti­ca­ra mais de uma cen­te­na de ajun­tamentos so­do­mí­ti­cos. Les­sa foi descrito como “um homenzarrão, com um grande bigode e valente”. Em seu processo, consta que aos 12 ou 13 anos começou a “pecar na sensualidade torpe com muitos moços, sendo sempre autor e provocador, tendo ajuntamento por diante com os membros viris e com as mãos, solicitando e efetuando polução um ao outro”. Os inquisidores foram até brandos com o primeiro homossexual assumido brasileiro: sua pena foram sessões de açoite e exílio de cinco anos em Angola.

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