Dos primórdios até 1889, a humanidade só era iluminada pelo fogo
Maurício Barros de Castro Publicado em 08/12/2009, às 04h57 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
A busca pela iluminação a partir de uma fonte elétrica foi longa e árdua. Mas o esforço dos cientistas e inventores foi compensador: quando alcançaram seu objetivo, eles se mostraram capazes de livrar a sociedade da dependência milenar do fogo. Desde a Pré-História, essa era a forma de fugir da escuridão. Primeiro, as fogueiras iluminavam tribos nômades e suas aldeias. Com o passar do tempo, surgiram soluções bem mais sofisticadas, como as lamparinas, que tiravam do breu as casas das cidades e vilas.
A palavra "eletricidade" vem do grego electron, que significa "âmbar". A pedra atraía pequenos pedaços de pele de carneiro quando era esfregada na lã do animal. Outra fonte que intrigava os cientistas eram os raios produzidos durante as tempestades. Pensando nisso, Benjamin Franklin realizou sua famosa experiência. Em 1750, o cientista e político americano saiu de casa debaixo de uma tempestade carregando consigo uma pipa com uma chave pendurada por um fio. Ele fez o brinquedo subir bem alto. Um raio atingiu o objeto metálico, que conduziu a eletricidade até suas mãos. Foi o choque elétrico mais iluminador da história.
Franklin provou a natureza elétrica dos relâmpagos e inventou o para-raio. Cinquenta anos depois, em 1800, foi a vez de o italiano Alessandro Volta dar sua contribuição. Ele inventou a pilha voltaica, precursora das baterias modernas. No fim do século 19, em 1889, Thomas Edison conseguiu levar a luz aos lares dos Estados Unidos. Apesar de a primazia de muitas de suas invenções ser questionada, o fato é que ele criou a primeira lâmpada elétrica comercialmente viável. Em seguida, em 1882, ainda patenteou o sistema de distribuição elétrica. Depois disso, não foi apenas a iluminação que chegou à casa das pessoas, mas também o rádio, a televisão, o forno micro-ondas, o computador...
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