A princípio, só escravos gostavam de cachaça
Flávia Pinho Publicado em 01/06/2008, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
Cabras e burros, quem diria, foram os primeiros a experimentar cachaça. A bebida não passava de um caldo grosso, a cagaça, sobra das caldeiras que os engenhos de açúcar jogavam nos cochos dos animais e que acabava fermentando ao léu. Até que algum escravo curioso resolveu dar uma bicadinha... e o resto da história não é muito difícil de imaginar. A produção começou no fim do século 16, mas demorou muito tempo para que a pinga chegasse à casa-grande. Em 1610, o marinheiro francês Pyrard de Laval (1570-1621) registrou a bebida em seus escritos, referindo-se a ela como vinho feito com suco de cana, mas deixou bem claro que era coisa de “escravos e filhos da terra”. “Era para o consumo dos negros, durante o inverno ou em caso de enfermidades”, afirma Jairo Martins da Silva em Cachaça – O Mais Brasileiro dos Prazeres. A exceção, ele diz, eram os marinheiros, “para que suportassem a longa viagem, através do oceano, entre a África e o Brasil”.
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