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Arthur Friedenreich: Nosso primeiro grande craque

Arthur Friedenreich: Nosso primeiro grande craque

01/12/2007 00h00 Publicado em 01/12/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

Qual o maior goleador do futebol brasileiro? Para alguns, não é Pelé, e sim Arthur Friedenreich (1892-1969), primeiro grande nome do esporte no país. O maior jogador do Brasil no início do século 20 ganhou o apelido de “El Tigre” quando, na final de 1919 do Campeonato Sul- Americano (Brasil 1 x 0 Uruguai), mostrou muita raça. Os próprios adversários passaram a chamá-lo assim. A carreira do Tigre, porém, teve uma pequena interrupção – pouco mais de quatro meses. Foi quando ele integrou as forças paulistas na Revolução Constitucionalista de 1932. Friedenreich entrou na revolução pelo mesmo motivo que vários outros paulistas: Getúlio Vargas, que assumira o poder dois anos antes, suspendeu a Constituição de 1891, substituiu governadores de estados (com exceção de Minas Gerais) e desagradou as oligarquias paulistas. O jogador doou troféus, medalhas de ouro, tudo o que podia para patrocinar a luta. Começou como sargento, chegou a tenente e deixou o front com status de herói. Friedenreich comandou uma divisão com 800 desportistas e descreveu o ambiente como tenso, mas de camaradagem. Ficou um trauma da experiência: um soldado de 21 anos morreu em seus braços com um tiro na nuca. Depois da revolução, o Tigre voltou para casa, jogou futebol por mais três anos e então começou a trabalhar numa companhia de bebidas, onde se aposentou.

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