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71. Hiroshima, Meu Amor

O fantasma de todos os conflitos

Flávia Ribeiro Publicado em 01/07/2008, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

A relação fugaz de uma atriz francesa e um arquiteto japonês em Hiroshima serve para que o diretor Resnais fale não só das feridas de uma guerra passada (mas ainda presente), como também da sombra de um conflito futuro. Quando o personagem do ator Okada diz para sua amante “Você não viu nada em Hiroshima”, a frase pode ser entendida como “O pior está por vir”. Resnais e a escritora Marguerite Duras, roteirista, queriam mostrar que a bomba de Hiroshima não era passado, mas um prenúncio. A Crise dos Mísseis entre americanos e soviéticos nos anos 60 quase deu a eles razão profética. (D.P.)

[Título original] Hiroshima Mon Amour / 24 – Jikan no Joji

[País] França/Japão

[Ano] 1959

[Direção] Alain Resnais

[Elenco] Emmanuelle Riva, Eiji Okada, Stella Dassas

[Preço do DVD] R$ 48

Fácil de encontrar

Fique de olho

Há imagens reais dos horrores da bomba no longa. Assim como seu Noite e Neblina (1955), sobre os campos de concentração nazistas, este filme seria um documentário, mas Resnais acabou optando por fazer sua primeira ficção.

 

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