Nova minissérie da Netflix, 'O Cozinheiro Assassino: A História de César Román' descreve os terríveis eventos em torno de crime que chocou a Espanha em 2018
Publicado em 12/05/2024, às 19h00 - Atualizado em 13/05/2024, às 15h21
Na última sexta-feira, 10, chegou à Netflix uma nova minissérie policial que gira em torno de um dos crimes que mais chocou a Espanha em 2018: 'O Cozinheiro Assassino: A História de César Román'.
Nesta narrativa, dividida em 3 episódios, acompanhamos parte da carreira de sucesso de um chef de cozinha espanhol que encerrou sua fama de uma maneira bastante sombria.
Esta série documental analisa um caso de assassinato envolvendo um chef espanhol, que construiu uma carreira sob os holofotes por meio de uma teia de segredos e identidades falsas", descreve a sinopse.
Dono de restaurante, César Román ficou mais conhecido em Madrid, no auge de sua carreira de chef de cozinha, como "o rei do cachopo" — um prato característico da gastronomia da região das Astúrias, no norte da Espanha.
Então, em abril de 2018, ele conheceu uma mulher de Honduras chamada Heidi Paz, de apenas 25 anos, que começou a trabalhar na casa de sidra — um estabelecimento que vende sidra, uma bebida alcoólica preparada com sumo fermentado de maçã — que ele administrava, também na capital espanhola.
Pouco depois de se conhecerem, Román e Paz se envolveram romanticamente, e logo começaram a morar juntos. Porém, em junho do mesmo ano a mulher começou a questionar o relacionamento, e saiu de casa, deixando ao cozinheiro um bilhete informando-lhe disso.
Porém, no começo de agosto do mesmo ano, ela tentou contatá-lo mais uma vez, segundo o The Sun, e foi para a casa em que moraram juntos para que os dois pudessem conversar. E nesse dia, 5 de agosto, ela foi vista com vida pela última vez.
No dia 13 de agosto, a polícia espanhola descobriu os restos mortais de Heidi Paz dentro de uma mala, que estava em um armazém que pegou fogo. Logo, a atenção das autoridades voltou-se para César Román, mas nesse momento ele já havia deixado Madrid, e trabalhava em um restaurante em Saragoça, utilizando de um nome falso.
Foi somente após três meses caçando o cozinheiro que a polícia finalmente o capturou, e ele foi preso, ainda aguardando julgamento. Ele só seria julgado de fato em 2021, alegando inocência no caso e que afirmando que a ex-companheira havia retornado para Honduras, ou que tinha sido morta por uma gangue local; porém, ele foi considerado culpado do crime.
O cozinheiro assassino foi então condenado a cumprir pena de 15 anos de prisão, além de pagar uma indenização à mãe e aos filhos da mulher, em um valor de quase 250 mil euros. Em 2022 ele ainda tentou recorrer da sentença, o que foi rejeitado pelo tribunal, e ele segue preso até hoje.