O animal chamou atenção da imprensa internacional e chegou a acertar uma vitória do Brasil durante a fase de grupos
Wallacy Ferrari Publicado em 08/11/2022, às 21h00
Em 2018, um dos maiores eventos esportivos do mundo era sediado na Rússia, com 32 países participantes espalhados em diversas cidades do antigo território da União Soviética, disputando a Copa do Mundo de Futebol. Organizada pela FIFA, o torneio estava em sua 21ª edição, contando com os principais astros do futebol mundial em suas seleções nacionais.
Contudo, além da festa da torcida e dos talentosos atletas que compuseram as delegações, uma figura local, residente do Museu de Hermitage de São Petesburgo, localizado às margens do rio Neva, chamou atenção da imprensa internacional e angariando destaque pela precisão de alguns resultados de partidas do torneio antes mesmo de serem realizadas.
Tratava-se do gato Achilles, cujo nome traduzido é Aquiles. Esbanjando problemas físicos, como a surdez completa e o rabo quebrado, que impossibilita seu equilíbrio com a postura ereta, obrigando a andar com o peito colado na superfície em que engatinha, o animal deixam de lado os problemas para usar de sua intuição no resultado dos jogos das seleções durante o campeonato internacional.
Diferente das outras sete dezenas de gatos que protegem o museu da entrada de ratos, o animal chamou atenção de funcionários um ano antes, quando acertou, em uma brincadeira, que a Alemanha venceria a Copa das Confederações. A previsão se concretizou com a seleção batendo o Chile, então campeão da Copa América, por 1-0.
Inteiramente branco e pesando 4,7 quilos na época daquela Copa do Mundo, as funcionárias começaram a dispor dois potes com ração e, ao lado de cada recipiente, as bandeiras dos países que teriam algum confronto direto no torneio. Tudo que Aquiles deveria fazer é escolher um lado e comer, dando vitória para a equipe cuja bandeira decora o pote. Em caso de recusa, compreendia-se que o gato atribuía um empate como resultado final.
A brincadeira poderia ser simples, mas os acertos seguidos do animal, conforme coberto pelo jornal Estado de Minas, surpreendiam e atraíram, cada vez mais, agências de notícias do mundo todo. O animal acertou as vitórias da Rússia sobre a Arábia Saudita, na abertura do torneio e contra o Egito, e ainda previu a derrota de Marrocos contra o Irã na fase de grupos.
Sobrou até para o Brasil, cujo felino atribuiu como vencedor no embate contra a Costa Rica, que se concretizou em 22 de junho de 2018 por 2-0, com gols de Neymare Phillipe Coutinho. A queda, no entanto, aconteceu ao tentar prever Argentina e Nigéria, cuja ração escolhida foi a do país africano.
Quem acabou se classificando no dia 26 de junho foi a Argentina, conduzida por Lionel Messi, dando fim a sequência de acertos do animal, que não conseguiu repetir a façanha do polvo Paul, responsável por prever corretamente os jogos da Alemanha na Copa do Mundo de 2010, chegando a acertar que a Espanha seria a campeã da final.
+Relembre a trajetória do polvo Paul na Copa do Mundo de 2010
