O novo episódio de 'Secrets of the Hells Angels' narra as muitas tentativas de assassinato contra Mick Jagger e como a rivalidade começou
Publicado em 10/05/2024, às 19h38
Segundo uma lenda urbana de motociclistas, a banda Rolling Stones supostamente roubou US$ 50 mil dos Hells Angels, após o grupo trabalhar como seguranças no infame e mortal show de Altamont em 1969.
Como forma de retaliação, os motociclistas teriam atacado Mick Jagger, segundo o ex-presidente do Hells Angels, Charles “Peewee” Goldsmith. Essa história foi relembrada em uma entrevista recente à A&E, segundo a People.
Esses e outros detalhes do acontecimento foram narrados em um novo episódio da série 'Secrets of the Hells Angels', que vai ao ar neste domingo na televisão americana. No programa, os membros do grupo recontam o plano de assassinato, e as múltiplas tentativas fracassadas de matar Jagger.
Em uma audiência realizada pelo Judiciário do Senado para investigar o funcionamento interno dos Hells Angels, o então presidente do comitê, Strom Thurmond, argumentou que desde o começo da rivalidade entre os motociclistas e as estrelas do rock, Jagger continua vivo.
Jagger tossiu com o dinheiro – bem, você sabe, alguém tossiu com o dinheiro – porque a dívida foi paga. O que é irônico. Eles nos deram US$ 50 mil e acabamos brigando pelo dinheiro”, completou o membro da gangue de motociclistas em seu depoimento.
De acordo com a A&E, os Rolling Stones nunca se manifestaram publicamente sobre o suposto pagamento.
A rivalidade começou quando o grupo de rock contratou os Hells Angels como segurança para seu show gratuito Altamont Rock Music, por uma quantia de US$ 500 em cerveja, que reuniu cerca de 300 mil pessoas em 6 de dezembro de 1969.
Contudo, o evento acabou em tragédia quando Meredith Hunter, uma jovem negra de 18 anos, foi fatalmente esfaqueada pelos Hells Angels. Como o caso permaneceu sem resposta por mais de três décadas, o grupo alegou ter gastado US$ 50.000 em honorários advocatícios e insistiram que os Rolling Stones deveriam pagar a quantia.
Uma testemunha que mais tarde depôs no julgamento por assassinato em primeiro grau relatou à revista Rolling Stone, em um artigo publicado algumas semanas após o evento, que a gangue de motoqueiros foi responsável por instigar o incidente.
Allan Passaro, o motociclista envolvido, foi considerado inocente em 1971, depois que o júri da Califórnia, ao revisar o filme do incidente, determinou que ele agiu em legítima defesa.
Em 2005, o Gabinete do Xerife do Condado de Alameda encerrou o caso, afirmando que Hunter havia sacado uma arma em direção ao palco, resultando no ato em que Passaro a esfaqueou.