Novo estudo revela que o animal possuiu "um espectro completo" de vocalizações complexas com 1.033 sons distintos; saiba mais!
Após três anos de estudo em padrões ocultos nos rugidos, suspiros e outros ruídos feito por orangotangos da Indonésia, uma equipe liderada por pesquisadores da Universidade Cornell, de Nova York, descobriu que o animal possuiu "um espectro completo" de vocalizações complexas.
Para o estudo, publicado na última terça-feira, 14, a revista PeerJ Life & Environment, os pesquisadores reuniram um conjunto de dados de 117 "chamados longos" gravados que foram feitos por 13 machos de uma espécie específica: o orangotango de Bornéu. Assim, eles empregaram 46 medições acústicas em 1.033 sons distintos detectados nesses chamados.
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Estas características parecem aumentar enormemente a complexidade potencial deste sinal", escreveram eles, sugerindo que a humanidade poderá em breve saber o que os grandes símios estão dizendo, conforme repercutiu o Daily Mail.
Segundo o estudo, os especialistas descobriram "uma gradação contínua de sons através de fases e pulsos", sugerindo que os orangotangos podem modular suas vozes com muita precisão.
De acordo com a equipe, essas fases e pulsos distintos podem ser "combinados em sequências variáveis dentro de uma única vocalização de canto longo". Isso significa que os "chamados longos" dos machos, muito provavelmente, são usados para comunicar mensagens complexas para seus pares distantes.
"Nossa pesquisa teve como objetivo desvendar as complexidades dos longos chamados dos orangotangos, que desempenham um papel crucial em sua comunicação através de grandes distâncias nas densas florestas tropicais da Indonésia", disse em comunicado a Dra. Wendy Erb, principal autora do estudo.
Estamos bastante confiantes de que ainda há muita complexidade a ser desvendada no sistema vocal deste grande primata", opinou Erb.
Entretanto, segundo Wendy, primatologista do Centro K. Lisa Yang de Bioacústica de Conservação de Cornell, os especialistas em bioacústica que estudam o significado por trás dos sons dos animais ainda carecem de "uma estrutura unificadora para quantificar a complexidade".