Estrutura soterrada e anomalias foram encontradas no Cemitério Ocidental, nas proximidades das Pirâmides de Gizé, no Egito
Uma equipe de pesquisadores identificou, durante o período de 2021 a 2023, uma estrutura soterrada e anomalias próximas às Pirâmides de Gizé, no Egito.
Utilizando-se de tecnologias como radar de penetração no solo (GPR) e tomografia de resistividade elétrica (ERT), os profissionais encontraram uma estrutura em formato de letra L no Cemitério Ocidental, conforme artigo publicado em 5 de maio no periódico Archaeological Prospection.
A descoberta foi conduzida por arqueólogos da Universidade Internacional de Higashi Nippon, da Universidade de Tohoku e do Instituto Nacional de Pesquisa de Astronomia e Geofísica (NRIAG). Eles identificaram uma construção de 10 por 10 metros em forma de L, caracterizada por uma parte superficial conectada a uma estrutura mais profunda, detectada pelo GPR.
Os dados mostram anomalias claras que podem ser atribuídas a uma potencialidade arqueológica [pontos de contorno de alta resistividade] na região pesquisada. As características mostraram uma extensão adicional entre 3 e 5 metros a mais do que a profundidade examinada pela pesquisa de GPR", diz a pesquisa segundo informações da revista Galileu.
Concluímos a partir desses resultados que a estrutura causadora das anomalias poderia ser de paredes verticais de calcário ou poços levando a uma estrutura de túmulo”.
A hipótese apresentada pelos arqueólogos é de que a estrutura tenha se formado com areia após a construção, possivelmente servindo como uma entrada para uma estrutura mais profunda.
Abaixo desta estrutura, a tomografia de resistividade elétrica (ERT) detectou uma anomalia altamente resistiva, caracterizada por uma resistência elétrica maior que o normal, localizada a uma profundidade de aproximadamente 5 a 10 metros abaixo da superfície.
Esta anomalia elétrica resistiva em uma duna de areia pode ser atribuída a uma combinação de areia e cascalho, com possíveis espaçamentos dispersos ou vazios de ar em seu interior. No entanto, nenhuma das tecnologias pôde identificar as propriedades específicas desta anomalia.
Acreditamos que a continuidade da estrutura rasa e da estrutura grande profunda seja importante. A partir dos resultados da pesquisa, não podemos determinar o material que causa a anomalia, mas pode ser uma grande estrutura arqueológica subsuperficial", apontam os autores do estudo.
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