Esta não foi a primeira vez que a misteriosa associação International Restitutions tentou retirar obras de arte de museus da Europa, entenda!
Publicado em 14/05/2024, às 16h52
Nesta terça-feira, 14, o Conselho de Estado francês rejeitou o pedido de uma associação que visava retirar a Mona Lisa, artista italiano Leonardo da Vinci, de seu atual local de exibição, o museu do Louvre em Paris.
No último mês, o mais alto tribunal administrativo da França recebeu um pedido da International Restitutions, uma associação de sede e diretores desconhecidos, pedindo a anulação da decisão do rei Francisco I de "apropriar-se" da Gioconda em 1519.
A organização, que diz agir “em nome dos descendentes dos herdeiros do pintor”, solicitava que a obra-prima do Renascimento, que já causou atritos entre a França e a Itália no passado, fosse “removida” do acervo do Louvre.
Conforme repercutido pelo jornal O Globo, em sua decisão, o Conselho de Estado afirmou que o pedido é “claramente inaceitável” e condenou a associação a pagar uma multa de 3.000 euros por procedimento “abusivo”.
A associação argumenta que busca a recuperação de bens de domínio público em nome de seus supostos “legítimos proprietários”. Contudo, o Conselho de Estado determinou que somente eles teriam o direito de buscar reparação perante a justiça.
Os juízes administrativos também ressaltaram sua incapacidade de analisar as “decisões” adotadas durante o período da monarquia francesa. É importante ressaltar que pedidos semelhantes feitos pela associação, para obras menos icônicas do que a Mona Lisa, nunca deram certo.
Após cair em desgraça diante dos Médici, Leonardo da Vinci buscou refúgio sob a proteção de Francisco I em 1516. Em troca, ele presenteou o soberano francês com suas obras, recebendo uma pensão generosa. Esses quadros foram integradas às coleções reais e permanem na França desde então.
*Sob supervisão;