Criança foi parar na UTI depois que tomou remédio para convulsão receitado por médico
Uma criança de 9 anos de idade desenvolveu uma rara doença de pele depois que sofreu uma reação alérgica ao tomar um medicamento. O caso ocorreu em Ferraz de Vasconcelos, no estado de São Paulo, onde o garoto Murilo Batista dos Santos vive com a família.
A mãe do menino, Josimara Batista dos Santos, diz que tudo começou em dezembro, quando o médico de uma clínica particular de Itaquaquecetuba prescreveu um antiepilético em dose maior do que a indicada para a idade de Murilo.
O resultado foi que menino desenvolveu a Síndrome de Stevens-Johnson que, conforme explica a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é caracterizada pelo descolamento da pele. A doença, que pode ser fatal, chegou a levar o filho de Josimara para a UTI. Agora o garoto necessita da ajuda de especialistas para tratar de sequelas nos olhos.
O profissional de saúde que receitou o remédio disse à fonte que "todas as condutas tomadas estão de acordo com a literatura médica sobre as doenças acometidas pelo paciente".
Entretanto, a família descobriu, mais tarde, que o médico Carlos Roberto Reiser, que assina como "neurologista" não tem a especialidade registrada junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM). Por esse motivo, o profissional jamais deveria atuar na área.
“Ele nunca teve alergia de nada. Nunca teve nada parecido. Sempre foi muito saudável. A pele está voltando ao normal, mas ele ainda fica um pouco nervoso, porque não pode ir pra escola ainda”, disse a mãe, que agora move um processo contra a unidade de saúde e o médico.