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Notícias / Espaço

Estudo usando inteligência artificial revela objetos ‘escondidos’ no sistema solar

Mais de mil objetos ‘escondidos’ à visão humana foram descobertos graças a arquivos de imagens do Telescópio Hubble; entenda!

Imagem ilustrativa de asteroides - Foto de Boris_JJ, via Pixabay
Imagem ilustrativa de asteroides - Foto de Boris_JJ, via Pixabay

Uma descoberta sem precedentes agita o mundo da astronomia: mais de 1.000 rochas espaciais nunca antes observadas foram identificadas no sistema solar, revelando uma visão fascinante de nossa vizinhança cósmica. Esse feito foi possível graças a décadas de fotografias secretas do cosmos, reveladas agora por um estudo inovador que combina inteligência artificial e a colaboração de cientistas humanos.

O estudo, publicado na revista Astronomy and Astrophysics em 15 de março, destacou a identificação de 1.031 asteroides previamente não catalogados a partir de dados arquivados do Telescópio Espacial Hubble. Esses corpos celestes foram detectados por uma inteligência artificial treinada por milhares de entusiastas da ciência para identificar fracos raios de luz deixados por essas minúsculas rochas espaciais.

Pablo García-Martín, pesquisador da Universidade Autônoma de Madrid, na Espanha, e principal autor do estudo, expressou surpresa com a magnitude da descoberta em um comunicado: "Ficamos surpresos ao ver um número tão grande de objetos candidatos".

População única

Embora a descoberta desses asteroides tenha sido aleatória, suas órbitas projetadas sugerem que a maioria pertence a uma única população dentro do cinturão de asteroides, tornando-os ainda mais valiosos para os pesquisadores.

Havia alguns indícios da existência desta população, mas agora estamos confirmando”, disse García-Martín. "Isto é importante para fornecer informações sobre os modelos evolutivos do nosso sistema solar".

As imagens do Hubble, com suas listras de asteroides, foram essenciais para essa revelação. Essas listras são resultado do movimento do telescópio espacial enquanto captura imagens de longa exposição de galáxias distantes. Apesar de sua fraqueza em comparação com as estrelas, as listras tornam os asteroides visíveis e permitem inferir informações sobre seu tamanho e órbita.

O Telescópio Hubble - Reprodução / NASA

Auxílio coletivo

Desde 2019, mais de 11.000 cientistas participaram do projeto Hubble Asteroid Hunter (HAH), examinando imagens em busca dessas faixas. Esse esforço coletivo foi essencial para os astrônomos, que teriam dificuldade em examinar todas as imagens por conta própria, de acordo com o portal Live Science.

Os resultados desse estudo abrem caminho para pesquisas futuras, utilizando métodos semelhantes para explorar diversos conjuntos de dados arquivados, na esperança de desvendar mais segredos cósmicos escondidos nos confins do universo.