Série documental sobre Alexandre, o Grande, revela o que já foi encontrado em escavações de Alexandria e o que aconteceu com o corpo do rei; descubra!
Na última quarta-feira, 31, estreou na Netflix a série que retrata a trajetória de Alexandre, o Grande, intitulada ‘Alexandre: O Nascimento de um Deus’. Revelando como o pequeno príncipe da Macedônia se tornou um dos maiores reis da história, a produção exibe os passos até a conquista do monarca sob a Pérsia, que era, até então, considerado o maior reino.
O caminho de Alexandre começou no ano de 336 a.C., quando se tornou rei da Macedônia após a morte de seu pai, o rei Philip. Tentando provar que era digno do trono do pai, Alexandre focou em expandir seu território o mais rápido que pudesse — e foi exatamente isso que fez.
Seu grande inimigo, o rei Dario III, da Pérsia, foi também um dos maiores obstáculos de sua conquista, já que o conflito pelo território da Babilônia (ponto central do governo persa), e terras persas, foi o mais demorado de sua carreira como líder militar.
Entretanto, após uma batalha e muito sangue em mãos, a guerra, enfim, teve um final. Com a morte de Dario, Alexandre pôde tomar conta de toda a Pérsia, se tornando um dos maiores líderes que já existiu.
Considerado por muitos um deus vivo — vale lembrar que ele se considerava um semideus, ou seja, afirmava ser filho do deus grego Zeus —, a trajetória de Alexandre até o trono persa durou 6 anos.
Graças a sua fama entre muitos reinos, uma cidade totalmente dedicada a ele, Alexandria, é motivo de estudos arqueológicos até hoje. Mas como o local se tornou um marco histórico? O que já foi encontrado lá relacionado a Alexandre? Descubra:
Como exibido no docudrama da Netflix, o legado de Alexandre atravessou barreiras geográficas. Após tomar o trono persa, sua ganância o teria levado a querer mais. O desejo de ter o maior império já visto cresceu a ponto do líder ter em mente o objetivo de conquistar locais menores, focado na quantidade de terras que possuía.
Graças a essa expansão, quando chegou ao norte do Egito, decidiu fazer de uma cidade um local dedicado a si. Lá, os Ptolomeus construíram um palácio de mármore com um grande jardim que contava com fontes e estátuas.
Já no lado oposto do jardim, existia um local chamado de Museu, que seria, na verdade, uma grande biblioteca, uma inovação na época, já que o local guardava todo o conhecimento da época.
A cidade era, basicamente, uma maneira de homenagear o “deus vivo”. Tudo foi feito para celebrar seus feitos e glória. Exatamente por essa razão, o local se tornou uma fonte rica de pesquisa arqueológica, que permanece sob escavações até os dias atuais.
A Dra. Calliope Papakosta, diretora do Instituto Helênico de Pesquisa da Civilização Alexandrina, trabalha há anos na investigação de um terreno arqueológico localizado em Alexandria, no Egito. Como mostrado na série documental, ela explica que já encontrou artefatos relacionados ao tempo em que Alexandre reinou.
Papakosta encontrou centenas de lâmpadas a óleo do período alexandrino. Segundo a pesquisadora, algumas dessas lâmpadas eram utilizadas para rituais sagrados, justificando a localização delas naquele local.
Como tudo era ligado ao famoso líder militar, dentre as descobertas estão outros itens curiosos, como pedaços de estatuetas que eram oferecidas a Alexandre.
O fato de encontrarmos tantas oferendas aqui, significa que as pessoas vinham aqui para serem ajudadas”, afirma Papakosta.
A Dra. Calliope também relatou que já encontrou coisas curiosas no local, como um túnel muito bem estruturado, que, ao que tudo indica, pode ser parte do sistema de água de Alexandria.
Tesouros também já foram encontrados, como uma estátua em tamanho natural do touro Ápis, importante para a mitologia egípcia, que foi visto atrás de uma parede achada por Calliope.
Infelizmente, o achado mais importante dessa expedição seria revelar o túmulo de Alexandre, que ainda não foi encontrado por arqueólogos. Se engana quem imagina que o túmulo do herói fosse simples.
Conforme informado pelos especialistas, compreenderia uma estrutura grandiosa e cheia de detalhes, semelhante a um templo. O grandioso mausoléu ficou visível até 300 d.C., mas não se tem informações sobre um período posterior.
A Alexandria de Alexandre, o Grande, foi atacada [por cristãos e árabes, mais tarde], destruída, devastada e dizimada. Então, perdemos o corpo, não sabemos se foi destruído. Eu acredito que foi protegido. Que foi escondido”, explica o professor Lloyd Llewellyn-Jones, da Universidade Cardiff, no País de Gales.
A série documental sobre o maior herói militar que já viveu está completa na plataforma de streaming da Netflix.