Nicolau Maquiavel revolucionou estudos políticos durante o período renascentista e seus pensamentos são usados até os dias hoje
Considerado um dos maiores pensadores de ciência política moderna, Nicolau Maquiavel elaborou um verdadeiro guia de estratégias políticas que deveriam ser utilizadas por líderes da época. Por outro lado, há especialistas que defendem que o intuito do filósofo era alertar sobre os riscos dos líderes tiranos.
Embora exista essa divergência de ideias entre os pesquisadores, a única certeza que temos é que este pensador revolucionou estudos políticos durante o período renascentista. Além disso, contribuiu para a política moderna.
Pensando nisso, o site Aventuras na História selecionou 5 lições deixadas pelo filósofo italiano que transformou o pensamento político.
Confira abaixo.
Conhecido por descrever as dinâmicas do poder, Nicolau Maquiavel dizia que um governante é virtuoso quando sabe o momento certo de tomar decisões e agir. Para ele, a virtude deve ser pensada de forma racional e é mais importante do que a sorte ou o acaso do destino. Em seus textos, a virtude era descrita como "virtú". Já a sorte, era chamada de "fortuna" — referência a uma deusa grega, que segundo a mitologia, representava a sorte.
Diante de um cenário político caótico, de disputas econômicas e políticas, guerras e fundamentalismo religioso, onde a Igreja ditava as regras do Estado, Nicolau Maquiavel dissertava sobre o conceito de Razão de Estado. Em suma, esse conceito defende o uso da força do Estado para manter o poder e a ordem de uma nação.
Para o filósofo italiano, existem circunstâncias em que a maldade pode ser justicável. Por exemplo: para salvar o Estado de ameaças externas. Além disso, segundo seus textos, um líder bom é aquele que sabe “não ser bom” quando necessário, mesmo que utilize a força do Estado ou outros meios para alcançar um objetivo para um bem maior.
Provavelmente você já deve ter escutado a frase "Os fins justificam os meios", sendo atribuída ao Nicolau Maquiavel. Contudo, em nenhum dos seus escritos ela consta de fato. Por outro lado, a ideia central do que ela simboliza, sim. Para ele, a ética e a moralidade são uma linha tênue. Isto é, devem ser aplicadas no âmbito coletivo, mesmo que não se encaixem aos valores individuais do governante.
Indo de encontro com os outros pensamentos, para Maquiavel é melhor que o governante seja temido do que amado, em certas situações. Isso porque, para este filósofo o amor é inconstante. Isto é, pode ser rompido quando não for mais útil. Já ser temido, significa que o poder não pode ser desprezado com facilidade.