Doc-série sobre o desaparecimento de Priscilla Belfort chega ao streaming e promete destrinchar os bastidores do caso
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 25/09/2024, às 20h30 - Atualizado em 27/09/2024, às 18h41
O desaparecimento de Priscila Belfort, irmã do lutador de MMA Vitor Belfort, é tema de nova série que chega ao catálogo do Disney+ nesta quarta, 25.
Com direção de Eduardo Rajabally, a minissérie de 4 episódios conta com entrevistas e depoimentos exclusivos sobre os bastidores do caso, que completa 20 anos em 2024.
Priscila Belfort desapareceu em 9 de janeiro de 2004, época em que atuava como servidora na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro. Na última vez em que foi vista, ela estava a caminho de um restaurante onde se encontraria com o namorado. A família acionou a polícia dois dias após o ocorrido.
Até hoje, o caso permanece sem conclusão. As razões do desaparecimento de Priscila são desconhecidas, tendo em vista que não houve pedido de resgate após seu sumiço. À época, a carreira do lutador Vitor Belfort estava em ascensão no MMA, o que contribuiu para a repercussão midiática do ocorrido com sua irmã.
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O caso rendeu especulações, principalmente devido ao histórico de saúde mental de Priscila, que à época do desaparecimento apresentava lapsos de memória.
Posteriormente, em 2007, os boatos voltariam a repercutir com uma denúncia contra Priscila, que teria acumulado dívidas por uso de drogas, explica o portal de notícias UOL.
Na época, a secretaria Elaine Paiva da Silva se entregou à polícia. Ela confessou ter participado de um sequestro seguido de assassinato organizado por um grupo contra uma vítima que seria, supostamente, Priscila Belfort.
A confissão de Elaine não foi suficiente para o fechamento do caso, mas resultou na prisão de seis suspeitos, que seriam soltos após período em regime fechado. Em entrevista ao UOL, Jovita Belfort, mãe de Priscila, relembrou o ocorrido:
Fizeram uma investigação, reviraram a terra e disseram que os ossos encontrados eram de animal. Depois disso, acho que houve uma falha: não continuaram investigando ela (Elaine) e a turma", disse ela.
A mãe de Priscila reiterou que a filha nunca havia se drogado e afirmou que desconhece qualquer envolvimento dela ou de seu círculo social com drogas.
Embora a possibilidade de homicídio não tivesse sido descartada em um primeiro momento, a família Belfort mantém as esperanças de que Priscila esteja viva.
O caso chegou a ser arquivado pela Justiça do Rio de Janeiro, mas foi reaberto recentemente depois da divulgação da série "Volta, Priscila".