Com cenários imersivos e experiência sensorial, exposição do MIS resgata registro histórico da Segunda Guerra Mundial e do terror impelido ao povo judeu
Publicado em 16/03/2024, às 09h00 - Atualizado em 17/03/2024, às 11h32
O Museu da Imagem e do Som (MIS) inaugurou a exposição 'A tragédia do Holocausto: a vida de Julio Gartner' — que mostra o que foi o Holocausto sob a perspectiva de Julio Gartner, polonês radicado no Brasil que faria 100 anos em 2024.
Já no segundo ato, o MIS presta uma homenagem aos 'Anjos do Holocausto', cidadãos comuns que se dedicaram à ajuda de judeus perseguidos e presos. Confira abaixo 4 motivos para você não perder a exposição!
No primeiro andar, o MIS dedica seu espaço a exposição 'A tragédia do Holocausto: a vida de Julio Gartner'. Nascido em 1924, em Cracóvia (Polônia), Julio Gartner viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial.
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Aos 16 anos, viu seus pais pela última vez ao ser mandado para o campo de Plaszow — comandado por Amon Göth, que fazia tiro ao alvo com os judeus a partir do terraço de sua casa.
No local, Julio era obrigado a trabalhar todos os dias da semana em escalas de 12 horas por dia. Posteriormente, acabou enviado com outras 100 pessoas para Mauthausen; onde 25% dos prisioneiros morria toda semana.
Julio acabou liberto na sua terceira semana por lá, com a chegada das tropas norte-americanas em 5 de maio de 1945. Aos 26 anos, veio ao Brasil em busca dos irmãos, se estabelecendo em São Paulo até sua morte, em 11 de novembro de 2018, quando tinha 94 anos.
Acompanhando a trajetória de Julio Gartner, na exposição do Museu da Imagem e do Som é possível passar por cenários como o Gueto de Cracóvia, a câmara de gás em Auschwitz e o vagão de trem que levava aos campos de extermínio.
Além da cenografia, vídeos, fotos, sons, efeitos sonoros e até mesmo o cheiro ajudam a compor os cenários, que oferece ao público uma experiência tanto imersiva quanto sensorial.
Levando aos visitantes o registro histórico da Segunda Guerra Mundial e do terror impelido ao povo judeu, a exposição 'A tragédia do Holocausto: a vida de Julio Gartner' conta também com uma riquíssima coleção de fotos, cedidas por sobreviventes, pelo United States Holocaust Memorial Museum (USHMM) e outras instituições.
No segundo andar do MIS, a mostra 'Anjos do Holocausto' apresenta a história de sete pessoas que dedicaram suas vidas a salvarem os judeus perseguidos e presos na Europa durante o Holocausto.
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Entre os nomes homenageados estão o alemão Oskar Schindler, que teve sua história representada no cinema com o filme 'A Lista de Schindler'; a brasileira Aracy Guimarães Rosa, que ficou conhecida como 'Anjo de Hamburgo'; e sir Nicholas Winton, que atualmente é retratado nas telonas por Anthony Hopkins no longa 'Uma vida: a história de Nicholas Winton'.