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Matérias / Dinossauro

Patagotitan mayorum: conheça o maior dinossauro que já existiu

Conheça o Patagotitan mayorum, o gigante que viveu na Patagônia há 100 milhões de anos e fazia o Tiranossauro-rex parecer pequeno

por Giovanna Gomes
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Publicado em 20/01/2025, às 20h00 - Atualizado em 23/01/2025, às 18h25

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Dois dinossauros da espécie Patagotitan mayorum em ilustração - Wikimedia Commons/PaleoEquii
Dois dinossauros da espécie Patagotitan mayorum em ilustração - Wikimedia Commons/PaleoEquii

Há 100 milhões de anos, viveu sobre a Terra o gigante titanossauro Patagotitan mayorum. Com mais de 70 toneladas e cerca de 40 metros de comprimento, esse imenso herbívoro habitou a região da atual Patagônia argentina, e, não surpreendentemente, reinou com seu tamanho colossal.

A descoberta fascinante do gigante pré-histórico, que viveu durante o período Cretáceo, começou de maneira curiosa: foi por acaso, no ano de 2008, quando um pastor da província de Chubut procurava por uma ovelha perdida.

Durante suas buscas, o pastor acabou se deparando com um enorme osso, que seria mais tarde identificado como o fêmur de um dinossauro por cientistas do Museu Paleontológico Egidio Feruglio (MEF). Com o tempo, centenas de fósseis da espécie posteriormente batizada de Patagotitan mayorum seriam descobertos.

O primeiro nome do dinossauro, vale enfatizar, tem conexão com a região onde os fósseis foram encontrados. Além disso, conta com o termo grego "titan", que significa grande. Já o segundo nome é uma homenagem à família Mayorum, que deu suporte à equipe de pesquisa.

Características

Como destaca o portal Nossa, do UOL, o Patagotitan possuía um longo pescoço adaptado para alcançar folhas em árvores altas e arbustos próximos ao solo. Além disso, seus dentes eram perfeitos para selecionar a vegetação entre os galhos.

Esqueleto de um Patagotitan mayorum no Museu Field de História Natural de Chicago / Crédito: Wikimedia Commons/Zissoudisctrucker

É importante destacar também que, curiosamente, ao longo de sua evolução, a espécie perdeu as falanges dos dedos das patas dianteiras, de modo que estas tornaram-se pilares capazes de sustentar seu peso colossal.

Por outro lado, as patas traseiras, com garras, davam tração ao movimento e permitiam que cavasse buracos para depositar seus ovos, que não eram maiores do que uma bola de basquete. Ao nascer, os filhotes eram cerca de 40 mil vezes menores do que seus pais.

Maior do que o T-rex

O titanossauro possuía oito metros de altura, quase 40 metros de comprimento e pesava 77 toneladas, segundo a National Geographic.

Em 2022, o Patagotitan foi tema da exposição "Dinossauros: Patagotitan – O Maior do Mundo", realizada no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

Na ocasião, uma réplica em tamanho real, feita de resina, revelou aos visitantes a grandiosidade desse animal. “O pescoço e o rabo precisaram ser montados como se ele estivesse meio abaixado, para caberem no salão de 6 metros de altura”, explicou na época ao portal Nossa o organizador da exposição, Júlio César Figueiredo.

Fêmur de um Patagotitan mayorum; à direita, membro anterior e escápula no Museo Egidio Feruglio de Trelew, Chubut / Crédito: Wikimedia Commons/Gastón Cuello

Superanimais

Nas palavras do paleontólogo Luiz Eduardo Anelli, da USP, ouvido pela fonte, esses dinossauros foram verdadeiros "superanimais", adaptados para sobreviver em um planeta em constante transformação, marcado por intensas atividades vulcânicas e impactos de asteroides.

De suas características evolutivas, duas se destacaram e possibilitaram que eles reinassem pelos continentes durante toda a Era Mesozoica: a respiração eficiente e o rápido crescimento.