Disfarçada de drag, Diana teria ido a um bar gay com Freddie Mercury nos anos 1980 para curtir noite de forma anônima em Londres
Um episódio curioso da vida da princesa Diana voltou recentemente a circular na mídia: a noite em que ela teria visitado um bar gay em Londres disfarçada de homem, ao lado de Freddie Mercury.
A história, que já havia sido contada pela atriz Cleo Rocos em suas memórias publicadas em 2013, foi retomada no livro "Dianaworld: An Obsession", do biógrafo Edward White, lançado na semana passada.
Segundo Rocos, a noite aconteceu em 1988, quando ela, Diana, o comediante Kenny Everett e o vocalista do Queen passaram a tarde bebendo champanhe e conversando durante reprises da série The Golden Girls — ou Supergatas, como a produção ficou conhecida no Brasil.
Quando os amigos decidiram ir ao Royal Vauxhall Tavern, um dos bares gays mais populares da cidade, Diana — "em modo de travessura total" — insistiu em acompanhá-los, mesmo diante das tentativas de Everett e Rocos de convencê-la do contrário. Mercury, então, teria apoiado a ideia com entusiasmo: "Vá em frente, deixe a garota se divertir".
Para evitar que fosse reconhecida, Diana foi disfarçada de drag com uma jaqueta camuflada, boné de couro e óculos escuros. Como destacou o New York Post, à meia-luz, o grupo julgou que ela poderia passar por um jovem modelo gay de estilo excêntrico.
Segundo Rocos, Diana parecia um "jovem bonito" e, apesar do receio de que o disfarce fosse desmascarado a qualquer instante, os frequentadores do bar simplesmente a ignoraram, permitindo que ela se divertisse anonimamente.
Ela meio que desapareceu. Mas adorou", contou a atriz. Rocos lembrou: "estávamos cutucando um ao outro como crianças travessas em idade escolar. Diana e Freddie estavam rindo... Encerrada a situação, olhamos um para o outro, unidos em nossa busca triunfante. Nós conseguimos!".
No dia seguinte, a princesa teria enviado as roupas emprestadas de Everett de volta com um bilhete bem-humorado: "Devemos fazer isso de novo!".
Apesar do tom leve e quase cinematográfico do relato, ele foi contestado por Peter Freestone, ex-assistente e amigo próximo de Freddie Mercury, que afirmou em 2019 que o cantor nunca conheceu Diana. "Talvez Diana tenha ido com Kenny, mas Freddie não estava lá. Ele nunca a conheceu", garantiu.
Edward White reconhece em seu livro que a história pode parecer fantasiosa, mas defende que ela se encaixa na tendência conhecida da princesa de tentar escapar das pressões da realeza usando disfarces para viver momentos comuns. Diana teria feito isso em outras ocasiões, como ao acompanhar seu então namorado Hasnat Khan ao bar de jazz Ronnie Scott’s, também escondida sob peruca e óculos.
Fantástica ou não, essa narrativa ganhou força como símbolo da conexão emocional entre Diana e a comunidade LGBTQIA+, além de representar sua busca constante por uma família na qual seria verdadeiramente aceita, longe dos padrões impostos pela vida no palácio.
Conhecida como "a princesa do povo", Diana foi uma figura marcante da monarquia britânica e uma das mulheres mais admiradas do século 20. Casada com o então príncipe Charles, herdou o título de Princesa de Gales e conquistou o mundo com sua empatia, elegância e envolvimento em causas sociais. Faleceu tragicamente em um acidente de carro em 1997, quando tinha apenas 36 anos de idade.