Com o aniversário da libertação de Auschwitz, confira cinco filmes disponíveis na Netflix que abordam a temática do Holocausto
O dia 27 de janeiro é reconhecido anualmente como o Dia Internacional da Memória do Holocausto, uma data que foi oficialmente instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e seus países membros em 2005. Esta escolha não é aleatória, pois coincide com o aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.
Esta data tem um significado profundo, servindo como um tributo à memória dos mais de seis milhões de judeus que perderam suas vidas durante o Holocausto, além das centenas de milhares de outras vítimas do regime nazista.
O objetivo primordial do Dia Internacional da Memória do Holocausto é assegurar que as lições deste período sombrio da história sejam lembradas, a fim de evitar a repetição de tais atrocidades nas gerações futuras. Nesse sentido, a ONU instiga seus membros a desenvolver programas educacionais que preservem a memória do Holocausto, garantindo que os relatos e testemunhos continuem vivos.
No contexto das homenagens pelo Dia Internacional da Memória do Holocausto, destacam-se diversas produções audiovisuais disponíveis na Netflix que abordam essa temática sensível e crucial. Confira cinco delas:
Um dos mais famosos filmes ambientados no Holocausto, "O Pianista" é dirigido por Roman Polanski e conta com Adrien Brody no papel do protagonista, baseado na história real de Wladyslaw Szpilman.
A vida de Szpilman é profundamente impactada pelas transformações sociais e políticas que ocorrem em Varsóvia. À medida que o conflito se intensifica, ele e sua família são forçados a deixar suas vidas normais para trás e se estabelecer no Gueto de Varsóvia.
Durante a Operação Reinhard, uma das mais brutais campanhas de extermínio da guerra, Szpilman é separado de seus entes queridos. Este momento decisivo marca o início de uma jornada angustiante de sobrevivência. Como resultado, ele se vê obrigado a se esconder em diversos locais, buscando abrigo nas ruínas da cidade devastada.
Dirigido por Ben Sombogaart, o filme mergulha na trajetória de Anne Frank e sua melhor amiga, Hannah Goslar, duas jovens que, apesar de suas origens distintas, conseguiram manter laços afetivos em meio à opressão do regime nazista.
Enquanto Anne era uma judia vivendo sob o peso da perseguição, Hannah era considerada uma cidadã alemã, o que complicava ainda mais o cenário da época.
O longa-metragem explora a perspectiva de Hannah, que narra suas vivências ao lado de Anne desde o início de sua amizade. A narrativa avança desde os primeiros encontros entre as protagonistas até a drástica separação causada pela necessidade de Anne de se esconder. O filme também retrata o angustiante reencontro delas em Auschwitz, um dos campos de concentração mais infames da história.
Outro filme emocionante disponível na Netflix é dirigido por Mar Targarona. Na história, Francesc Boix, interpretado por Mario Casas, é um ex-combatente da Guerra Civil Espanhola que se vê aprisionado no campo de concentração de Mauthausen durante a Segunda Guerra.
Em meio a uma luta pela sobrevivência, Boix assume o papel de fotógrafo do comandante do campo, uma posição que lhe proporciona acesso a uma realidade sombria e devastadora.
À medida que os eventos se desenrolam, Boix toma conhecimento da derrota do Terceiro Reich na crucial batalha de Stalingrado, um ponto de virada significativo no conflito.
Este conhecimento incita nele um profundo desejo de preservar a memória dos horrores vividos no campo. Determinado a documentar as atrocidades cometidas, ele faz da sua missão garantir que os registros fotográficos dessas experiências sejam salvos para as gerações futuras.
Sucesso na Netflix em 2023, Toda Luz Que Não Podemos Ver é ambientado nos horrores da Segunda Guerra Mundial, e apresenta a narrativa de uma jovem cega chamada Maria-Laure.
A protagonista, que vive sob a ocupação nazista na França, tem sua vida entrelaçada com a de um soldado alemão especialista em rádio. Enquanto realiza transmissões secretas de um abrigo, ela se torna alvo dos nazistas, que estão determinados a silenciá-la.
A produção retrata o contexto da Segunda Guerra, levantando questões sobre a veracidade da história apresentada. Apesar de sua ambientação em um período histórico real, os personagens principais, como Maria-Laure e Werner, são fruto do romance homônimo escrito por Anthony Doerr e lançado em 2014.
Entre os muitos responsáveis pelos horrores do Holocausto, o nome Adolf Eichmann, considerado o arquiteto dos campos de concentração, chama atenção. Enquanto líderes nazistas como Adolf Hitler evitaram a captura ao cometer suicídio, Eichmann conseguiu escapar e se esconder na Argentina, episódio que inspirou o diretor Chris Weitz.
A partir de informações obtidas por uma equipe de investigadores, liderada pelo agente judeu Peter Malkin, a localização de Eichmann foi finalmente descoberta. Malkin, interpretado por Oscar Isaac, e sua equipe foram designados para uma missão marcante: sequestrar o criminoso de guerra e levá-lo a Israel, onde enfrentaria um julgamento por seus crimes contra a humanidade.
Entretanto, capturar um dos homens mais procurados do planeta não seria uma tarefa simples. A operação exigiu planejamento meticuloso e coragem inabalável, já que Eichmann havia se estabelecido em um ambiente que lhe oferecia proteção e anonimato.