Em 2007, a Corte Suprema da China decidiu pela morte do ex-diretor de controle de medicamentos do país
Em 2007, a China esteve envolvida em uma crise que pressionava o país sobre a falta de qualidade dos produtos fabricados em território chinês. Entre os nomes acusados de participarem de um grande esquema de corrupção e fraude estava Zheng Xiaoyu, diretor da Administração Estatal de Alimentos e Medicamentos da China de 2003 a 2005 e político do Partido Comunista da China.
Xiaoyu havia atuado também como diretor da Administração Farmacêutica do Estado de 1994 a 1998 e chefe da Administração Estatal de Medicamentos de 1998 a 2003. Sua função no importante cargo, no entanto, foi um dos alvos da investigação que buscava identificar o culpado pela morte de centenas de pacientes, que haviam ingerido alimentos e medicamentos falsificados.
A Corte Suprema do Povo descobriu que Zheng e seus funcionários recebiam propina de diversas empresas, a fim de alterar regras fundamentais sobre a concessão de licença para a produção de remédios. O esquema fraudulento resultou na aprovação de fórmulas médicas que não deveriam circular no mercado, por oferecer ameaça a saúde dos consumidores.
A justiça chinesa creditou ao ex-diretor a morte de 40 pessoas, no Panamá, que tomaram um xarope para a tosse falsificado. Durante o período de oito anos, Zheng confiscou uma quantia de cerca de 6,5 milhões de yuans (em torno de 1,6 milhão de reais).
O julgamento de Xiaoyu foi realizado entre maio e junho de 2007, o que resultou na sentença de morte por corrupção. A corte afirmou que: “A grave irresponsabilidade de Zheng Xiaoyu ao verificar a segurança dos produtos farmacêuticos e o fato de não ter, voluntariamente, realizado seus deveres prejudicaram os interesses do Estado e do povo”.
Apesar das apelações para que a decisão fosse alterada, pois os advogados do político alegaram que ele havia cooperado nas investigações e devolvido o dinheiro roubado, as autoridades chinesas não recuaram na sentença, e declararam que o ex-diretor era um “grande perigo para o país e sua reputação”.
Zheng Xiaoyu foi executado por injeção letal em 10 de julho de 2007. Sua morte serviu de exemplo e aviso para que outros casos de corrupção não se alastrassem e manchassem ainda mais a imagem do país no cenário internacional.
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