Mulher que ajudou a criar o Dia das Mães, no fim de sua vida, tentou acabar com a celebração: confira essa e mais outras curiosidades sobre a data
No próximo domingo, 11 de maio, os brasileiros — e outros países do mundo — celebrarão o Dia das Mães; uma tradição que já perdura por décadas.
Todos os anos, pessoas enviam cartões, flores ou presenteiam suas mães com forma de homenageá-las. Mas você sabe como surgiu a data? Conheça cinco fatos surpreendentes sobre o Dia das Mães.
A responsável por criar a data é Anna Jarvis. Nascida na Virgínia Ocidental, durante a Guerra Civil, ela viu sua mãe, Ann, trabalhar na organização de Clubes de Trabalho Materno para cuidar de soldados de ambos os lados da guerra; ajudando a diminuir as diferenças culturais e sociais entre as mães de ambos os lados, Norte e Sul, conforme explica o Serviço Nacional de Parques.
Com isso, Jarvis começou a organizar a data para homenagear sua progenitora e todo o trabalho de pacificação que ela fazia. Em 1907, Anna organizou uma pequena reunião de amigos para isso.
Com a intenção de tornar a data um feriado nacional, as primeiras celebrações formais do Dia das Mães foram organizadas no ano seguinte, em Grafton, Virgínia Ocidental, e na Filadélfia, Pensilvânia.
A data escolhida foi o segundo domingo de maio, aniversário de morte da mãe de Jarvis. No dia, Anna enviou 500 cravos brancos para a Igreja Metodista Episcopal Andrews, em sua cidade natal, Virgínia Ocidental, como forma de homenageá-la. Ela também conduziu uma campanha nacional de cartas para pressionar por um feriado oficial dedicado à celebração das mães do país.
Já no Brasil, a celebração só começou anos depois, após iniciativa da Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul (ACM-RS). A data foi trazida ao Brasil pelo então Secretário-geral da instituição, Frank Long; com a primeira celebração ocorrendo em 12 de maio de 1918, em Porto Alegre.
Mas a data só se tornou nacional a partir de 1932, após o então presidente Getúlio Vargas atender ao pedido das feministas da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, oficializou a data no segundo domingo de maio.
Como já dito, como forma de homenagear sua falecida mãe, Anna Jarvis enviou 500 cravos brancos para a Igreja Metodista Episcopal Andrews. Desta forma, a flor passou a ser a oficial como forma de celebrar o Dia das Mães.
Assim, aponta a Time, antes do feriado oficial ser declarado, os vendedores vendiam cravos para os fiéis usarem: vermelhos para aqueles cuja mãe estava viva e brancos para aqueles cuja mãe havia falecido.
Apesar dos esforços de Anna Jarvis para estabelecer a data, na parte final de sua vida ela lutou contra o Dia das Mães se tornar um feriado oficial. Historiadores apontam que o motivo foi sua oposição à comercializada e popularização da data que, segundo ela, desviava a intenção oficial do dia.
Estão comercializando o meu Dia das Mães", reclamou ela em carta aos jornais, segundo o Washington Post.
Em outro comunicado à imprensa, ela disse: "O QUE VOCÊS FARÃO para afugentar charlatões, bandidos, piratas, mafiosos, sequestradores e outros cupins que, com sua ganância, minam um dos movimentos e celebrações mais nobres e verdadeiros?".
Jarvis lutou contra a primeira-dama Eleanor Roosevelt por usar o Dia das Mães como um dia para arrecadar dinheiro para caridade, e até foi presa por perturbar uma convenção da Filadélfia das Mães Americanas de Guerra, que celebravam o Dia das Mães e utilizavam o emblema do cravo branco.
A popularidade da data é tamanha que, no ano passado, a Empresa de Telecomunicações Verizon apontou que os consumidores usaram suas redes telefônicas 5,6% mais no Dia das Mães do que no Dia dos Pais.
A companhia também apontou que os usuários não só realizaram mais ligações como também fizeram chamadas por mais tempo. Os consumidores gastaram 137,5 milhões de minutos a mais, ou aproximadamente 2,3 milhões de horas, ao telefone no Dia das Mães em comparação com o Dia dos Pais, repercute a Time.
No próximo domingo, 11 de maio, é celebrado o Dia das Mães. A data tem origem nos Estados Unidos, em 1907, devido aos esforços de Anna Jarvis; mas a celebração só chegou ao Brasil em 1932, com a ajuda do presidente Getúlio Vargas.