Em 5 de maio de 1994, o mundo presenciou um dos momentos mais tristes da história do país, o funeral de Senna, que reuniu cenas marcantes; confira!
Publicado em 05/05/2024, às 10h00
No dia 1º de maio de 1994, o mundo do automobilismo perdeu uma de suas maiores lendas, Ayrton Senna. O tricampeão mundial de Fórmula 1 faleceu em um trágico acidente durante o Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, Itália. Sua morte chocou milhões de fãs ao redor do mundo e deixou uma marca indelével na história do esporte.
O funeral de Ayrton Senna foi um evento marcante que mobilizou o Brasil e o mundo inteiro. Milhares de pessoas se reuniram para prestar homenagens ao piloto em São Paulo, sua cidade natal. As ruas foram tomadas por uma multidão em luto, enquanto o país se unia para se despedir de um de seus maiores ídolos.
O funeral foi marcado por uma comoção generalizada. Fãs, amigos, familiares e autoridades se reuniram para prestar suas últimas homenagens a Senna. O caixão do piloto foi transportado em um carro aberto pelas ruas de São Paulo, seguido por uma multidão em silêncio, demonstrando o profundo respeito e admiração que o Brasil tinha por ele.
Desde grandes números até homenagens inesperadas, o funeral de Senna foi, além de tudo, emocionante. Por isso, separamos 5 curiosidades que aconteceram naquele triste dia que marcaria para a sempre a história do automobilismo. Confira:
O velório de Ayrton Senna aconteceu na Assembleia Legislativa, em São Paulo, sua cidade natal, nos dias 3 e 4 de maio de 1994. Durante o velório, o caixão de Ayrton ficou exposto para que as pessoas pudessem se despedir e prestar suas homenagens.
No dia 5 de maio, após o velório, foi realizado o enterro de Ayrton. Seu corpo foi levado em um cortejo fúnebre pelas ruas de São Paulo até o Cemitério do Morumbi, onde foi sepultado.
O piloto foi sepultado no jazigo 11, quadra 15, setor 7, e até os dias de hoje muitas pessoas visitam o local, já que é aberto para o público realizar visitações.
A rivalidade entre Ayrton Senna e Alain Prost é uma das mais intensas e emblemáticas da história da Fórmula 1. Ao longo da década de 1980 e início da década de 1990, Senna e Prost protagonizaram duelos memoráveis nas pistas.
Senna, com seu estilo agressivo e arrojado, representava a busca pela perfeição e pela velocidade absoluta. Prost, por sua vez, era conhecido por sua abordagem estratégica e calculista, buscando a consistência e a eficiência em cada corrida.
No entanto, a rivalidade foi deixada de lado no momento do sepultamento de Senna, já que tanto no velório quanto no funeral em si, Prost estava presente. Alain foi um dos responsáveis por carregar o caixão do piloto durante a marcha fúnebre.
Tempos depois, inclusive, Prostconfidenciou ao biógrafoErnesto Rodrigues que se emocionou especialmente quando o caixão desceu à sepultura: "Eu chorei naquele momento".
Dente as pessoas que compareceram ao funeral de Ayrton, além de Prost, estavam seus amigos e familiares e alguns dos mais ilustres nomes do automobilismo mundial.
Além de diversos pilotos e grandes nomes do esporte, podemos usar de exemplo o momento de carregamento do caixão, que foi levado por ninguém mais e ninguém menos que o seguinte grupo: Alain Prost, Gerhard Berger, Emerson Fittipaldi, Jackie Stewart, Rubens Barrichello, Christian Fittipaldi e Derek Warwick.
O velório de Ayrton atraiu milhares de pessoas, segundo o portal Globo Esporte, foi um dos maiores funerais do mundo em número de pessoas, comparado aos de Chefes de Estado. Luca Bassani, da Car Magazine, relatou ao GE, em 2020:
Os números do funeral de Ayrton Senna no dia 5 impressionam. Foi o oitavo maior do mundo na história contemporânea na época e o maior da história do Brasil, com mais de três milhões de pessoas durante o trajeto nas ruas na cidade de São Paulo”.
"Em termos de equivalência, podemos citar os funerais do Papa João Paulo II, com quatro milhões nas ruas de Roma em 2005, e o da princesa Diana com também três milhões em Londres, 1997", completou.
Inclusive, uma cena de um dos filmes mais famosos da atualidade foi inspirada no velório do piloto. Em 'Homem de Ferro 3', Pepper Potts, interpretada por Gwyneth Paltrow, acredita que Tony Stark, interpretado por Robert Downey Jr., está morto depois que o falso Mandarim ataca a luxuosa mansão do Homem de Ferro. Diante dessa situação, Potts organiza o funeral do herói.
Em 2013, o roteirista Drew Pearce compartilhou em seu Twitter, atualmente conhecido como X, que um momento do filme foi inspirado no último adeus de Ayrton Senna. Neste momento, Pepper Potts segura o capacete do Homem de Ferro e o encosta em sua própria cabeça — um gesto que foi realizado por Viviane Senna, irmã de Ayrton, durante o funeral do piloto.
"Fato sombrio de Homem de Ferro 3. Pepper segurando o capacete próximo à sua cabeça é inspirada na imagem da mulher de Ayrton Senna [Pearce se equivoca ao confundir Viviane como companheira do piloto] fazendo o mesmo no funeral, como pode ser visto no espetacular documentário 'Senna', sobre este brilhante e inspirador piloto", declarou ele.