Papa Francisco entrou na história como o primeiro líder católico latinoamericano que trouxe luz à esperança para o fim dos tabus
Izabel Duva Rapoport Publicado em 21/04/2025, às 15h10
Filho dos imigrantes italianos Mario Giuseppe Bergoglio Vasallo, um ferroviário, e Regina Maria Sivori Gogna, dona de casa, Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, e cresceu ao lado dos quatro irmãos mais novos.
Foi da avó paterna, Rosa Margarita Vasallo di Bergoglio, que o futuro papa, ainda criança, aprendeu a rezar. "Ela é a reserva moral, religiosa e cultural de toda a família", chegou a dizer antes de se tornar pontífice em 2013.
O pai, Mario, muito engajado nas ações da Igreja, também foi peça fundamental na decisão pelo caminho escolhido: ser um jesuíta.
Entre as atividades da Igreja, como a de Virgen de Caacupe, na qual Jorge foi padre, o primogênito da família não deixava de visitar a mãe, que também o apoiou na vida sacerdotal, iniciada aos 21 anos quando ingressou na Companhia de Jesus (a ordem religiosa dos jesuítas).
Naquela época, ainda jovem, enfrentou sua primeira grave pneumonia e precisou retirar uma parte do pulmão direito que, segundo os médicos, se expandiu. Mas não se deixou abalar: estudou humanidades, teologia e filosofia, deu aulas de literatura e psicologia e nunca deixou de lado seu perfil acadêmico.
Foi reitor de faculdade e se tornou fluente em italiano, francês e alemão, além do espanhol e de certa dose de inglês e português.
A universidade é o lugar onde a mente se abre para os horizontes do conhecimento", disse.
Ao ser eleito no conclave de 2013, o então arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, passa a se chamar Francisco — nome escolhido por ele em homenagem a São Francisco de Assis (1182-1226), o santo protetor dos animais e do meio ambiente conhecido por amar todas as criaturas do planeta, sem distinção.
Não por acaso, o papa de um novo tempo colocou sandálias franciscanas no lugar de Prada, construiu pontes entre povos separados e ofereceu a casa de Roma para outras religiões.
Com sua humildade, dedicação e respeito a todos os seres, de Bergoglio a Francisco, ele sempre foi e será influente no comportamento de milhares de pessoas, inclusive para além do âmbito cristão-católico. A sua escala é global.
