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Matérias / Mona Lisa

Afinal, a Mona Lisa está sorrindo? Estudo diz ter a resposta para o mistério

Um dos quadros mais icônicos da história da arte, Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, é cheio de mistérios, um dos principais é: ela está sorrindo?

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 13/05/2025, às 12h00

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'Mona Lisa' (1503), de Leonardo da Vinci - Domínio Público via Wikimedia Commons
'Mona Lisa' (1503), de Leonardo da Vinci - Domínio Público via Wikimedia Commons

Um dos maiores quadros da história da arte, Mona Lisa foi pintada por Leonardo da Vinci em 1503. Também chamada de La Gioconda (no italiano), a obra atualmente está exposta no Museu do Louvre, na França — um dos mais visitados e populares do mundo. 

Criada no início do século 16, o quadro mostra uma mulher — que acredita-se ser Lisa Gherardini, a esposa do rico comerciante Florentino Francesco del Giocondo — de perfil, com um olhar sereno. 

Um mistério que envolve a obra de arte diz respeito à expressão facial da mulher. Afinal, Mona Lisa está com um sorriso tímido? Um estudo tem a resposta, confira!

O 'sorriso' de Mona Lisa

Um dos quadros mais icônicos da história da arte, Mona Lisa leva alguns questionamentos. Um deles diz respeito à expressão da mulher retratada. Afinal, ela está sorrindo ou não? 

Em 2017, pesquisadores alemães do Instituto de Áreas de Fronteira de Psicologia e Saúde Mental em Freiburg, publicaram o artigo 'Mona Lisa está sempre feliz – e só às vezes triste', no periódico Scientific Reports, buscando uma resposta. 

Segundo o estudo, e como o próprio título já sugere, embora muitos críticos de arte considerarem a expressão de Mona Lisa  como carrancuda, ela está, de fato, sorrindo.

Para chegar nessa conclusão, os pesquisadores fizeram dois experimentos diferentes com pessoas observando a pintura. No primeiro deles, repercute a Smithsonian Magazine, eles apresentaram oito versões diferentes do quadro, com o rosto ligeiramente alterado para ficar mais feliz ou mais triste em cada uma delas.

Então, as pinturas (as oito variações mais a original) foram randomizadas e apresentadas ao público participante por cerca de 30 vezes. Os participantes, então, teriam que dizer se o rosto estava feliz ou triste — e também o quanto eles tinham de certeza nesse julgamento. 

Ficamos muito surpresos ao descobrir que a 'Mona Lisa' original é quase sempre vista como feliz", disse Jürgen Kornmeier, principal autor do estudo, em um comunicado à imprensa. "Isso questiona a opinião comum entre os historiadores da arte".

O estudo relata que os 12 participantes identificaram os rostos felizes com mais rapidez e precisão do que as expressões tristes. A versão original da pintura foi classificada na categoria feliz pelos participantes em quase 100% das vezes.

Já no segundo experimento, os pesquisadores se aprofundaram nas imagens tristes. Usando a original como a expressão "mais feliz" entre elas, eles apresentaram aos participantes sete versões intermediárias da Mona Lisa com aparência sombria, incluindo três do experimento anterior. 

Assim, descobriram que os participantes classificaram as imagens que tinham visto anteriormente como mais tristes do que no primeiro experimento. Portanto, este estudo descobriu que, na presença das imagens mais tristes, os participantes perceberam a Mona Lisa como mais sombria.

"Os dados mostram que nossa percepção, por exemplo, de se algo é triste ou feliz, não é absoluta, mas se adapta ao ambiente com uma velocidade impressionante", continuou Kornmeier.

Ilusão de ótica?

No entanto, conforme repercute a própria Smithsonian Magazine, outros estudos indicam que, na verdade, Da Vinci pode estar enganando todos que observam sua pintura. Isso porque a Mona Lisa possui uma ilusão ótica que foi chamada de "sorriso indetectável"

Isso quer dizer que, quando o quadro é visto como um todo, a Mona Lisa parece estar sorrindo. Mas quando se foca somente em sua boca, ela parece voltada para baixo. 

"Dado o domínio da técnica por Da Vinci e seu uso subsequente na 'Mona Lisa', é bem concebível que a ambiguidade do efeito tenha sido intencional", aponta Alessandro Soranzo, especialista em percepção visual da Universidade Sheffield Hallam, em entrevista à Discovery Magazine.