Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Abdução em Pascagoula

Abdução em Pascagoula: Nova testemunha fala sobre caso retratado na Netflix

Quebrando o silêncio após mais de 50 anos, testemunha recordou sequestro alienígena de Charlie Hickson e Calvin Parker em 1973

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
[email protected]

Publicado em 21/04/2024, às 12h00 - Atualizado às 15h17

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Charles Hickson e Calvin Parker em imagem de 'Arquivos do Inexplicável' - Netflix
Charles Hickson e Calvin Parker em imagem de 'Arquivos do Inexplicável' - Netflix

Era noite de 11 de outubro de 1973, quando Charlie Hickson e Calvin Parker estavam pescando no rio Pascagoula, no estado norte-americano do Mississípi. Na ocasião, eles alegam ter tido sequestrados por alienígenas em um dos relatos mais convincentes da história. 

A 'Abdução Alienígena em Pascagoula' é resgatada no primeiro episódio de 'Arquivos do Inexplicável', série original da Netflix. Conforme relatado pela produção, tudo começou quando a isca de Charlie havia sido mordida e ele passou a puxar a linha, quando se virou, porém, quase congelou de medo ao ouvir um barulho de zumbido que não sabia identificar. 

Logo, avistou uma nave se aproximando a cerca de 20 metros de distância do solo. Em relato extraído de 'UFO Contact at Pascagoula', Hickson recorda que a nave não tocava o solo. Ela flutuava. Além disso, também relatou ter visto luzes. 

Quando a nave se abriu, três seres, que também não tocavam o chão, apareceram. Dois foram diretos ao encontro de Charlie e o outro a Calvin. Ainda em seu relato, Hickson recorda não ter visto olhos nas figuras estranhas, que também não tinha pescoço e algo estranho saltava para fora mais ou menos do lugar onde ficaria um nariz humano. 

Suas mãos também eram únicas, sem os tradicionais cinco dedos, mas sim garras. Quando foi pego pelo braço, Charlie narra que não conseguia sequer mexer os olhos ou falar. Estava totalmente paralisado. Enquanto isso, ao ser tocado, Calvin logo ficou mole. Havia desmaiado. 

Os seres não se comunicavam como nós, apenas fazendo alguns zumbidos. Quando foram levados para dentro da nave, Charlie conta que era como estar numa lâmpada gigante. Pelo fato do espaço ser muito brilhante. 

Naquele momento, porém, ele estava sozinho quando viu algo que parecia um grande olho que saía diretamente da parede. O olho se aproximou e parou cerca de 15 centímetros de seu rosto, ficando lá por um tempo e depois começando a descer pelo seu corpo. 

Charlie estima que ficou cerca de meia hora dentro da nave, sendo devolvido ao mesmo lugar de onde foi tirado. Na beira do rio, avistou Calvin parado com os braços abertos e esticados para o alto, como se estivesse observando alguma coisa. 

Pouco antes de alcançá-lo, ouvi o som de algo se fechando. E quando olhei ao redor, vi as luzes azuis piscando. Quase instantaneamente, a nave sumiu", relata, conforme mostrado na produção da Netflix. 

Testemunha

Os relatos de Charlie Hickson e Calvin Parker não foram os únicos sobre 'Abdução Alienígena em Pascagoula'. Uma nova testemunha do episódio resolveu quebrar o silêncio após mais de 50 anos do caso. 

Em entrevista em vídeo, repercutida esta semana pelo Daily Mail, Maria Blair disse lembrar de ter visto alienígenas de um metro e meio de altura emergirem de um OVNI de formato oval com luzes azuis piscando sobre o rio Pascagoula, pegar o pescador e carregá-lo para o céu noturno.

Charles Hickson e Calvin Parker - Netflix

Quando a nave retornou, os seres devolveram a dupla, carregando-os pelo braço, e deixando-os caídos e inconscientes no chão. Blair explica que manteve o segredo por um simples motivo: o medo de ser ridicularizada. 

Embora a 'Abdução Alienígena em Pascagoula' tenha décadas, voltou à vida com o lançamento de 'Arquivos do Inexplicável', da Netflix, despertando novamente o interesse sobre o que pode ter acontecido naquela noite no pântano do Mississípi.

"Eles apareceram duas vezes: quando surgiram para Calvin e Charlie… e quando os trouxeram de volta da nave espacial", disse a mulher. "Foi então que eles voltaram para a nave e ela decolou — direto para cima".

Parker e Hickson foram notícia internacional após suas afirmações, principalmente pelos relatos de Charlie à polícia de que o OVNI brilhou suas luzes azuis, enquanto descia para o pântano, revelando três criaturas cinzentas de um metro e meio de altura, de "pele enrugada" com garras semelhantes a "pinças" que agarraram os dois homens. 

Maria Blair revelou em sua entrevista que ela e seu falecido marido, Jerry, viram tudo se desenrolar sobre o pântano. "Estou assistindo do meu carro e vendo as luzes, as luzes azuis piscando", descreveu. Na ocasião, o casal esperava por um barco que os levaria a uma plataforma de petróleo no Golfo do México.

A testemunha estima que viu as luzes piscando por cerca de 35 e 40 minutos no total naquela noite; o mesmo tempo relatado por Parker e Hickson aos investigadores. "A nave desceu bem acima do rio, a cerca de meio metro do solo", disse a mulher. 

A porta se abriu [...] uma luz branca brilhante passou, muito brilhante [...] e estou vendo os três seres, alienígenas, ou seja lá o que forem, saindo", continuou.

Os pesquisadores de OVNIs Philip Mantle e Irene Scott entrevistaram Maria Blair em duas ocasiões distintas, primeiro em 2019 e novamente quatro anos depois, afirmando que ela se manteve fiel à sua história.

Entretanto, ela jamais compartilhou detalhes com o departamento do xerife ou com os militares dos EUA que conversaram com os dois homens décadas atrás. A história de Parker e Hickson também foi notícia internacional e os dois homens apareceram na TV várias vezes, por isso não está claro se a testemunha pode ter obtido alguns detalhes dos pescadores durante suas entrevistas recentes.

"Estávamos sentados no cais esperando para sair", disse Blair à Mantle. Ao marido, Maria questionou: "Você viu isso?", ele disse: "Ouvi um grande barulho". "Achei que fosse um dirigível ou algo assim", continuou ele, "mas ela me disse que era outra coisa".

Irene Scott, professora da Universidade St. Bonaventure em Ohio, descobriu que Blair observou o OVNI "indo e voltando no céu" de uma forma que não seria possível se fosse um avião. "Eu disse ao meu marido, há algo errado com aquele avião", ela continuou, "é como se ele não soubesse para onde quer ir".

Blair afirmou que teve um encontro próximo com um dos seres: "Algo saiu da água e era como uma pessoa, e eu disse a [Jerry]: 'Há alguém lá fora'".

Em setembro do ano passado, Philip Mantle e Irene Scott publicaram um novo livro sobre o assunto, 'Beyond Reasonable Doubt: The Pascagoula Alien Abduction'. O pesquisador explicou que os localizou por meio de um comentário da filha mais nova do casal em um vídeo do YouTube. 

Mantle aponta que os Blair nunca buscaram fama, dinheiro ou atenção midiática. "Eles não deram um passo à frente, como algumas pessoas sugerem", disse ao DailyMail. 

A filha mais velha de Blair, Angela Maria, também compartilhou suas próprias memórias da história chocante com Mantle, enfatizando que o episódio permaneceu um pedaço da tradição familiar por décadas. "Minha mãe sempre se perguntou o que aconteceu com aqueles dois caras e se eles ainda estavam vivos". 

"Ela só contou essa história aos meus avós [que já faleceram], a mim, à minha irmã e ao meu ex-sogro, porque ela sempre teve medo de que eles [ou seja, os seres 'alienígenas' com garras em pinça] voltassem algum dia", finalizou.