Nova série documental da Netflix, 900 Dias sem Anabel mostra a angustiante história por trás do sequestro de Anabel Segura
Em um novo lançamento da Netflix, a série documental "900 Dias sem Anabel" revisita o chocante caso do sequestro de Anabel Segura, uma estudante espanhola de 22 anos que desapareceu em Madri no ano de 1993.
"Os sequestradores pediram um resgate exorbitante, mas nunca foram buscar. O caso de Anabel Segura desconcertou os responsáveis pela investigação durante anos", destaca a sinopse da plataforma de streaming.
No fatídico dia 12 de abril de 1993, Anabel foi sequestrada por Emilio Muñoz Guadix e Cándido Ortiz Aon enquanto fazia sua corrida matinal no bairro La Moraleja, ao norte de Madri. Os sequestradores a obrigaram a entrar em uma van branca e a levaram para uma antiga fábrica em Toledo, localizada a cerca de uma hora da capital espanhola.
Em entrevista à emissora laSexta em 2013, Guadix revelou que Anabel foi assassinada apenas seis horas após o sequestro, durante uma tentativa de fuga. Apesar disso, os criminosos mantiveram a farsa de que ela estava viva por mais de dois anos na tentativa de extorquir dinheiro da família abastada da jovem.
Entre abril de 1993 e setembro de 1995, realizaram 14 chamadas para os familiares, exigindo um resgate que chegava a 950 mil euros. A série da Netflix traz as gravações dessas ligações.
A captura dos sequestradores ocorreu em 28 de setembro de 1995, após as gravações serem transmitidas pela televisão. O jornal espanhol El País relatou na época que um residente da região de Escalona, em Toledo, reconheceu a voz de Ortiz Aon nos áudios e contatou as autoridades. Posteriormente, Muñoz Guadix e Ortiz Aon confessaram o local onde enterraram o corpo de Anabel, permitindo à família realizar um funeral.
Condenados em 1999 por sequestro e assassinato, ambos receberam inicialmente penas de 39 anos, posteriormente aumentadas para 43 anos pela Suprema Corte espanhola.
De acordo com o jornal espanhol La Vanguardia, Cándido Ortiz Aon cumpriu parte da pena na prisão de Ocaña, Toledo, até falecer aos 48 anos devido a um ataque cardíaco em 2009. Já Muñoz Guadix esteve detido na prisão Herrera de La Mancha na província Ciudad Real e foi liberto em 2013 após cumprir 18 anos.
Ao sair da prisão, Muñoz Guadix declarou à imprensa não representar perigo para a sociedade e expressou remorso pelas suas ações, informou o jornal.
Ele afirmou que o crime teve motivação econômica e lamentou profundamente o ocorrido. Hoje, o paradeiro de Muñoz Guadix e sua ocupação permanecem desconhecidos, repercute o Business Insider.