Ao longo da história, muitos membros da monarquia britânica deixaram os palácios para vestir uniformes militares e servir ao país; confira!
Quando se pensa na realeza britânica, o que vem à mente geralmente são coroas, cerimônias e protocolos. Mas, ao longo da história, muitos membros da monarquia deixaram os palácios para vestir uniformes militares e servir ao país de maneira prática.
Alguns atuaram diretamente em conflitos, enquanto outros contribuíram em funções de apoio. Confira, a seguir, cinco membros da realeza que talvez você não saiba que serviram nas Forças Armadas:
A rainha Elizabeth II, então princesa Elizabeth, tinha apenas 13 anos quando a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) começou. Enquanto outras crianças eram evacuadas de Londres, ela permaneceu na cidade com os pais e a irmã.
Em 1945, ao completar 18 anos, quebrou o protocolo real ao se alistar no Serviço Territorial Auxiliar (ATS), um ramo feminino do Exército Britânico. Lá, foi treinada como mecânica e motorista de caminhão militar.
Embora não tenha participado de combates, entrou para a história como a única mulher da família real britânica a servir oficialmente em uma das forças armadas.
Filha do rei George V, a princesa Mary envolveu-se ativamente com o esforço de guerra durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Foi a idealizadora de uma iniciativa que entregava presentes de Natal a todos os soldados britânicos em serviço, contendo itens como tabaco e chocolate.
Segundo o site History Press, em 1914, o programa arrecadou mais de £162 mil — o equivalente a quase £16 milhões (R$ 123 milhões) hoje — e distribuiu cerca de dois milhões de kits. Mais tarde, Mary se voluntariou como enfermeira pediátrica no hospital Great Ormond Street, tornando-se a primeira filha de um monarca reinante a fazer isso.
Antes de se tornar rei — e abdicar poucos meses depois — Edward VIII teve envolvimento militar. Entre 1907 e 1911, treinou na Marinha Real, e, com o início da Primeira Guerra Mundial, alistou-se como oficial de estado-maior na Guarda Grenadier.
Apesar do desejo de lutar, foi proibido de ir à linha de frente por ordem do Secretário de Estado para a Guerra, Herbert Kitchener, que temia que o herdeiro ao trono fosse morto ou capturado. Segundo o The New York Times, a decisão causou frustração em Edward, que questionou se sua morte faria diferença, já que o rei tinha outros filhos.
Antes de assumir o trono, o então príncipe Charles teve uma formação militar diversificada. Em 1971, ainda estudante na Universidade de Cambridge, treinou como piloto na Força Aérea Real, mas optou por seguir carreira na Marinha Real.
Serviu entre 1971 e 1976, período que marcou não apenas sua vida militar, mas também pessoal. Durante esse tempo, afastou-se de Camilla Shand, sua namorada na época. Ela acabou se casando com Andrew Parker Bowles.
Esse distanciamento selaria uma ruptura que duraria décadas, culminando em um casamento frustrado com a princesa Diana, com quem teve dois filhos: William e Harry.
A experiência de Charles nas forças armadas influenciou diretamente a criação dos filhos. Ambos seguiram carreiras militares, mas com trajetórias bem distintas. William formou-se pela Real Academia Militar de Sandhurst em 2006 e foi comissionado como oficial do Exército.
Em 2008, transferiu-se para a Real Força Aérea, onde atuou como piloto de helicóptero de busca e resgate, participando de centenas de missões em território britânico.
Já Harry serviu por 10 anos no Exército Britânico, com duas passagens pelo Afeganistão, atuando em zonas de combate como piloto de helicóptero Apache. Ao contrário do irmão, ele teve experiência direta em conflitos armados.