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Notícias / Conclave

Vetado pelo Papa Francisco, cardeal tenta forçar participação no Conclave

Envolvido em acusações de nepotismo, propinas e desvio de fundos, cardeal Giovanni Angelo Becciu nega irregularidade e diz estar pronto para o conclave

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 23/04/2025, às 16h20

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Cardeal Giovanni Angelo Becciu - Getty Images
Cardeal Giovanni Angelo Becciu - Getty Images

Giovanni Angelo Becciu, de 76 anos, está no centro de um escândalo de corrupção no Vaticano, mas afirma estar pronto para retomar seu lugar entre os eleitores do próximo Papa. 

Envolvido em acusações de nepotismo, propinas e desvio de fundos da Igreja, o cardeal nega qualquer irregularidade e insiste que ainda possui o direito de participar do conclave que escolherá o sucessor de Francisco.

Becciu foi acusado de usar recursos do Óbolo de São Pedro — o fundo de doações destinado às obras de caridade da Igreja Católica — para financiar a controversa compra de um edifício em Londres. 

Na época da transação, ele ocupava a segunda posição mais alta na Secretaria de Estado do Vaticano, órgão responsável pela administração do fundo. O cardeal, no entanto, rejeita as acusações e afirma que os valores utilizados não vieram de doações dos fiéis.

Pontificado

Com a morte do Papa Francisco, um novo conclave será convocado, e Becciusinalizou sua intenção em participar ativamente do processo de escolha do próximo Pontífice. Segundo ele, o fato de o Papa ter mantido seu título de cardeal é prova de que seus direitos e deveres dentro da Igreja não foram revogados.

No último consistório, o Papa reconheceu que minhas prerrogativas como cardeal permanecem intactas, já que não houve nenhum ato formal para me excluir do conclave ou solicitação de renúncia por escrito”, declarou Becciu ao jornal Unione Sarda.

Convidado, como os demais cardeais, a participar das Congregações Gerais que antecedem o conclave, Becciu agora aguarda a decisão da Congregação Geral dos Cardeais sobre sua participação na votação. 

Ainda assim, ele se mostra determinado e reafirma sua inocência, dizendo acreditar ter recebido uma espécie de “indulto” informal por parte de Francisco.

O caso ainda levanta debates dentro da Igreja sobre os limites da autoridade papal, os critérios de participação no conclave e as consequências de escândalos financeiros na alta hierarquia eclesiástica.