Às vésperas de reabertura, Emmanuel Macron visitou a catedral símbolo de Paris, agora completamente restaurada depois do incêndio de 2019
O presidente da França, Emmanuel Macron, foi um dos primeiros a visitar a Catedral de Notre Dame de Paris nesta sexta-feira, 29, cinco anos e meio após o incêndio que devastou a icônica construção gótica do século 12. As informações são da AFP.
"É sublime", afirmou Macron durante uma transmissão televisiva, acompanhado de sua esposa, Brigitte. O presidente deu especial atenção às artes que participaram da restauração e destacaram a transformação do ambiente.
Impressionado com a luz que atravessa o espaço após a renovação das janelas, Macron comentou que a catedral fica "muito mais acolhedora" após a limpeza das pedras, que acumulou sujeira há décadas.
Embora a Notre Dame já esteja pronta, o público só poderá visitá-la a partir de 8 de dezembro, quando começarem as cerimônias de reabertura. Jill Biden, esposa do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já confirmou presença na solenidade inaugural. O papa Francisco, por outro lado, informou que não participará.
A Presidência francesa descreveu a visita desta sexta-feira como marcante, contrastando com as lembranças da noite do incêndio, em 15 de abril de 2019, quando o telhado e a famosa torre da catedral desabaram, com imagens da devastação transmitidas globalmente.
Após o desastre, Macron prometeu reabrir a Notre Dame em cinco anos, prazo que foi recebido com ceticismo. Hoje, a reabertura é celebrada como um símbolo do "orgulho francês", em um ano que também contou com os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris.
“Foi um projeto de renovação excepcional”, declarou à AFP Samir Abbas, um entalhador de pedra de 38 anos que trabalhou na restauração e aguardava a chegada de Macron com outros 1.300 artesãos e trabalhadores.
O processo de renovação utilizou técnicas tradicionais para restaurar ou substituir os elementos danificados. Uma agulha icônica, desenhada por Viollet-le-Duc no século 19, foi reconstruída de maneira idêntica.
“Vocês estão mostrando a catedral como nunca antes”, disse Philippe Jost, responsável pelo projeto, ressaltando o contraste com a “visão de desolação” de cinco anos atrás.
A cerimônia de reabertura, marcada para 7 de dezembro, reunirá chefes de Estado e celebridades. No dia seguinte, também serão celebradas diversas missas especiais na igreja.