Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Vaticano

Vaticano altera regras para investigações de supostos 'fenômenos sobrenaturais'

Novo documento tornou mais rigorosos os procedimentos para avaliar supostos eventos sobrenaturais como imagens da Virgem Maria que choram

por Giovanna Gomes
[email protected]

Publicado em 17/05/2024, às 13h03

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Imagem da Virgem Maria chorando lágrimas de sangue em Caracas, Venezuela - Getty Images
Imagem da Virgem Maria chorando lágrimas de sangue em Caracas, Venezuela - Getty Images

Um documento apresentado pelo Vaticano nesta sexta-feira, 17, tornou mais rigorosos os procedimentos para avaliar supostos eventos sobrenaturais relatados, como a Virgem Maria chorando e crucifixos pingando sangue, fenômenos que vêm agitando fiéis católicos há séculos.

Segundo a agência de notícias Reuters, o novo documento substitui regras elaboradas em 1978 e determina que os bispos não podem mais agir de forma independente quando confrontados com relatos de tais fenômenos; agora, eles terão que consultar o escritório doutrinário do Vaticano antes de iniciar qualquer investigação.

Além disso, foi retirado dos bispos o poder de reconhecer a natureza "sobrenatural" das aparições e outros eventos supostamente divinos, deixando essa decisão exclusivamente para o papa e os escritórios centrais do Vaticano.

Ceticismo do papa

O papa Francisco já expressou ceticismo em relação a esses eventos, afirmando à TV italiana RAI no ano passado que as aparições da Virgem Maria "nem sempre são reais" e que ele prefere vê-la "apontando para Jesus" em vez de chamar a atenção para si mesma.

O chefe do escritório doutrinário do Vaticano, cardeal Víctor Manuel Fernández, afirmou que esses tipos de eventos devem ser avaliados com muita cautela, já que podem ser fraudulentos e explorados para "lucro, poder, fama, reconhecimento social ou outros interesses pessoais", de acordo com a Reuters.