Durante um passeio de tirolesa em um parque na província indiana de Jammu e Caxemira, um turista registrou sem querer um ataque terrorista
Durante um passeio de tirolesa em um parque na província indiana de Jammu e Caxemira, um turista registrou sem querer um ataque terrorista que acontecia logo abaixo dele. O atentado ocorreu na última terça-feira, 22, na região de Pahalgam, e deixou 26 mortos.
No vídeo curto, o visitante aparece sorridente enquanto grava a descida com um bastão de selfie, vestindo camisa xadrez azul, óculos escuros e capacete de segurança, sem perceber a tragédia em curso.
Ao fundo, é possível ouvir disparos e ver dezenas de pessoas correndo em pânico. Próximo ao fim da gravação, um tiro mais alto é ouvido e um turista é visto caindo no chão. Confira:
TRAGEDIA EN INDIA: Mientras disfrutaba de una tirolesa, un hombre grababa sin saber que un ataque terrorista ocurría debajo.
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26 personas perdieron la vida y 20 más resultaron heridas en Pahalgam.
El Primer Ministro Modi promete justicia implacable: “Los alcanzaremos hasta los… pic.twitter.com/kYlxzoBCdQ
O autor do vídeo, Rishi Bhatt, de Ahmedabad, afirmou que só percebeu o que estava acontecendo ao chegar do outro lado e se soltar do equipamento de segurança. "Peguei a minha esposa e o meu filho e comecei a correr. Vimos pessoas se escondendo em um local que parecia um fosso, então não era fácil avistá-las. Nós nos escondemos lá também”, contou à agência de notícias ANI.
"Quando os tiros cessaram, pouco depois de 8 a 10 minutos, começamos a correr em direção ao portão principal. Os tiros então recomeçaram e quatro a cinco pessoas foram baleadas. Cerca de 15 a 16 turistas foram baleados na nossa frente. Um guia de pôneis nos ajudou a sair do local. O Exército estava presente nas áreas mais baixas. Não havia nenhum oficial do Exército no local principal", acrescentou.
Militantes armados, que não tiveram sua identidade confirmada, abriram fogo contra civis, informou a emissora NDTV. A autoria do ataque ainda não foi reivindicada, mas insurgentes separatistas atuam na área desde 1989, buscando a independência da região ou sua anexação ao Paquistão, que também reivindica o território.
O massacre ocorreu um dia após o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, se reunir com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, que está no país em visita oficial com a família. Modi classificou o atentado como “hediondo” e prometeu que os responsáveis serão levados à justiça. Já Vance expressou solidariedade às vítimas e às famílias atingidas pelo ataque.
Um guia turístico afirmou à AFP que, após ouvir os tiros, correu para socorrer os feridos e transportou alguns deles a cavalo. Outro relato, de um homem que pediu para não ser identificado, descreve cenas de horror:
“Os militantes, não sei quantos, saíram da floresta perto de um pequeno campo aberto e começaram a atirar. Estavam claramente poupando as mulheres e continuavam atirando nos homens, às vezes com um tiro só e outras vezes com vários, parecia uma tempestade".