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Notícias / Estados Unidos

Trump cancela estação lunar para 2026, e prioriza viagens à Marte

Proposta orçamentária do presidente americano para 2026 prevê redução em recursos da NASA, mas impulsiona agenta focada em Marte, de Elon Musk

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 06/05/2025, às 19h00

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Donald Trump - Getty Images
Donald Trump - Getty Images

Na última semana, foi divulgada a nova proposta orçamentária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pretende cortar recursos substanciais da agência espacial americana, a NASA, para 2026. A redução total será de US$ 6 bilhões (cerca de R$ 34,3 bilhões, na cotação atual), mas ainda promete um impulso em uma agenda focada em Marte, o que impulsiona Elon Musk.

O esboço do orçamento cancelaria o Sistema de Lançamento Espacial (SLS) da NASA, um gigantesco foguete construído pela Boeing e pela Northrup Grumman, bem como sua cápsula Orion, construída pela Lockheed Martin, após sua terceira missão em 2027, sob o programa espacial Artemis, da NASA.

Com isso, o corte seria de 24% do orçamento atual da agência espacial americana, o que ameaça cancelar importantes programas científicos que, por sua vez, impactam pesquisadores por todo o mundo. Além disso, a proposta anula contratos ativos defendidos pelo governo americano há anos, por uma série de contratados pela NASA, e ainda anularia missões e programas de outros aliados dos EUA, como a Agência Espacial Europeia, o Canadá e o Japão.

Exploração em Marte

Apesar dos cortes, o único portfólio da NASA que não sofreu cortes foi o de exploração humana, que o governo americano inclusive injetando mais US$ 1 bilhão para "programas focados em Marte". Dessa forma, prevê-se uma grande revisão do projeto Artemis, que inclusive favorece o atual presidente-executivo da SpaceX, Elon Musk, que pretende enviar humanos ao Planeta Vermelho.

Nesse resumo orçamentário, conforme repercute o portal Tilt, do UOL, o SLS e a Orion foram classificados como "extremamente caros", o que excederia muito seus orçamentos. Porém, críticos afirmam que os cortes representam "um retrocesso histórico" para os esforços espaciais das últimas décadas do país.

O programa Artemis, criado ainda durante o primeiro governo Trump, busca levar humanos de volta à Lua antes que os chineses consigam a façanha, o que se estima que deve ocorrer em 2030. Isso é de grande importância geopolítica, pois a superfície lunar é um promissor campo de testes para futuras missões rumo à Marte, de forma que o programa se tornou um grande esforço multibilionário na corrida espacial global.

Agora, o novo governo de Trump busca levar humanos à Marte, destino esse já mirado há muito tempo por Musk, aliado político de Trump, que investiu R$ 250 milhões na campanha de reeleição do republicano. O foguete que está no centro da missão de Musk para Marte, inclusive, é o Starship, da SpaceX, que deve levar astronautas da NASA à Lua ainda em 2027.

O Orçamento elimina gradualmente o foguete Sistema de Lançamento Espacial (SLS) e a cápsula Orion, extremamente caros e atrasados, após três voos", pontua o resumo do orçamento, que destaca o custo de US$ 4 bilhões para cada lançamento da SLS. O custo do desenvolvimento do foguete, de cerca de US$ 23 bilhões desde 2010, porém, está "140% acima do orçamento", acrescenta.

"O Orçamento financia um programa para substituir os voos do SLS e da Orion para a Lua por sistemas comerciais mais econômicos, que dariam suporte a missões lunares subsequentes mais ambiciosas", finaliza o resumo.