Rebeldes do movimento Organização para a Libertação do Levante conquistaram cidade de Hama esta semana em meio à ofensiva-surpresa
Uma estátua de Hafez al-Assad, pai do atual presidente e ditador da Síria, Bashar al-Assad, foi decapitada nesta sexta-feira, 6, na cidade de Hama. A cidade foi capturada por rebeldes na quinta-feira, 5, como parte de uma ofensiva rápida contra o governo, que teve início na semana passada.
Hafez al-Assad governou a Síria de 1971 até sua morte, em 2000, quando foi sucedido por seu filho Bashar.
Desde 2011, a Síria vive uma guerra civil entre o governo de Assad e grupos rebeldes. Apesar do conflito ter ficado relativamente estável nos últimos anos, ele foi reaceso nesta semana após uma ação surpresa da Organização para a Libertação do Levante (HTS, na sigla local).
Os rebeldes capturaram a cidade de Aleppo e avançaram para outros locais estratégicos. Na quinta-feira, o grupo assumiu o controle de Hama, onde a estátua foi derrubada, e nesta sexta se aproximou de Homs, uma cidade-chave para o governo sírio por conectar a capital do país à costa mediterrânea.
Na capital Damasco, tiros foram ouvidos nas proximidades do palácio presidencial, e a Rússia, aliada do regime sírio, emitiu um alerta para que seus cidadãos deixem o país. Em um movimento de contenção, a Jordânia, vizinha ao sul da Síria, fechou todas as passagens fronteiriças com o território sírio.
O conflito na Síria começou em 2011, durante os protestos da Primavera Árabe, quando manifestações populares pediam a saída de Bashar al-Assad. A repressão violenta do regime acabou desencadeando uma guerra civil que já se arrasta há mais de uma década, conforme repercute o g1.