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Notícias / Bahia

Sem predador e com 18 espinhos: Espécie de peixe invasor é encontrada na Bahia

Peixe-leão foi capturado em uma popular localidade turística na Bahia; entenda os perigos da espécie para o ecossistema!

Redação Publicado em 18/02/2025, às 13h45

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Imagem ilustrativa de um Peixe-leão - Getty Images
Imagem ilustrativa de um Peixe-leão - Getty Images

Recentemente, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia registrou a captura de um Peixe-leão em Morro de São Paulo, uma popular localidade turística situada na Ilha de Tinharé.

Segundo informações da secretaria, essa espécie invasora apresenta alto potencial de toxicidade e pode impactar negativamente o equilíbrio do ecossistema marinho local.

O peixe invasor

Originário da região indo-pacífico, o Peixe-leão foi avistado pela primeira vez no Brasil em 2014, especificamente na costa do Rio de Janeiro. A captura do exemplar em Morro de São Paulo ocorreu em 14 de fevereiro deste ano, e o animal foi encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde será submetido a estudos mais aprofundados.

O biólogo Eduardo Barros, da SEMA, comentou sobre a gravidade da situação: "É um animal muito perigoso para o equilíbrio do ecossistema, por ser um peixe muito voraz e que se multiplica e cresce em taxas muito rápidas".

Algumas características do Peixe-leão são: possui um corpo listrado com cores que variam entre branco, vermelho, laranja, marrom e preto; apresenta aproximadamente 18 espinhos; pode atingir um tamanho de até 30 cm; não possui predadores naturais no Brasil; ser capaz de consumir até 20 peixes em apenas meia hora; e reproduzir-se rapidamente, podendo liberar até 30 mil ovos por desova.

Embora o veneno do Peixe-leão não seja fatal para indivíduos saudáveis, ele pode causar sintomas como dor localizada, náuseas e bolhas. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) recomenda que, caso um banhista seja ferido, a primeira ação deve ser aplicar água quente na área afetada para neutralizar os efeitos do veneno e buscar atendimento médico imediato.

Em situações de captura acidental, é aconselhável não devolver o peixe ao mar. A orientação é introduzir o dedão na boca do animal e utilizar a outra mão para remover os espinhos com cautela.

A SEMA anunciou que serão realizadas investigações para entender as rotas que possibilitaram a introdução do Peixe-leão na Bahia e está desenvolvendo um plano emergencial visando à contenção dessa espécie invasora.