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Notícias / Arqueologia

Santuário perdido de Apolo é redescoberto no Chipre após quase 140 anos

Escavações modernas revelam bases de estátuas colossais, oferendas egípcias e novas inscrições no antigo sítio de Frangissa

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 05/05/2025, às 17h00

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Santuário de Apolo redescoberto no Chipre - Divulgação/Republic of Cyprus
Santuário de Apolo redescoberto no Chipre - Divulgação/Republic of Cyprus

Arqueólogos redescobriram um antigo santuário dedicado ao deus Apolo perto da antiga cidade-reino de Tamassos, no Chipre, após quase 140 anos perdido.

O local, originalmente escavado em 1885 pelo arqueólogo alemão Max Ohnefalsch-Richter e depois esquecido sob aterros, voltou à luz graças ao trabalho de pesquisadores das Universidades de Frankfurt, Kiel e Würzburg.

Localizado no Vale de Frangissa, próximo à vila de Pera Orinis, o santuário já foi considerado um dos mais ricos da região. Novas escavações revelaram mais de 100 bases de estátuas — muitas delas colossais — além de fragmentos escultóricos, inscrições antigas e uma impressionante coleção de oferendas votivas, incluindo amuletos egípcios de faiança e contas de vidro e mármore.

"Descobriu-se que o aterro do século 19 continha não apenas as bases das estátuas votivas, mas também muitos fragmentos de estátuas", destacou o Comitê de Escavações do Departamento de Antiguidades de Chipre.

Esses achados poderão ajudar na restauração de peças preservadas em museus como o de Chipre e o Real de Ontário, em Toronto, completando figuras há muito fragmentadas.

Destaques

Segundo o 'Archaeology News', entre as descobertas mais notáveis estão pedaços de estátuas de calcário com pés gigantescos, evidências da existência de estátuas masculinas monumentais do período Arcaico (séculos 7 a 6 a.C.). Até então, as únicas representações colossais conhecidas no local eram feitas de terracota, como o famoso "Colosso de Tamassos".

Fotos
Pedaços de estátuas de calcário - Republic of Cyprus

As novas escavações também trouxeram à tona inscrições em cipro-silábico e grego, datando o uso do santuário até o período helenístico, durante o domínio dos Ptolomeus. Um grande pátio com colunatas foi identificado ao lado da área votiva, sugerindo que o espaço serviu não apenas a rituais religiosos, mas também a banquetes e encontros sociais.