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Notícias / Pompeia

Pompeia: Estudo tenta desvendar mistério sobre a erupção do Vesúvio

Estudo investiga um dos maiores mistérios relacionados a devastadora erupção do Vesúvio, responsável pela tragédia de Pompeia

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 12/12/2024, às 18h30 - Atualizado às 21h35

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A pintura O Último Dia de Pompéia, de Karl Bryullov (1830–1833) - Getty Images
A pintura O Último Dia de Pompéia, de Karl Bryullov (1830–1833) - Getty Images

A data exata da erupção do Monte Vesúvio que soterrou Pompeia e outras cidades romanas há quase 2 mil anos tem sido objeto de debate entre historiadores e arqueólogos por séculos.

No entanto, um novo estudo sugere que a data tradicionalmente aceita, 24 de agosto de 79 d.C., como descrita pelo historiador romano Plínio, o Jovem, pode estar correta.

Segundo o 'The Guardian', a teoria de que a erupção ocorreu em outubro ou novembro ganhou força no final do século 18, com base em uma inscrição em carvão encontrada em Pompeia em 2018. No entanto, Gabriel Zuchtriegel, diretor do parque arqueológico de Pompeia, afirma que não há evidências sólidas para corroborar essa hipótese.

"Plínio estava em uma posição única para testemunhar a erupção e seu relato detalhado é considerado uma das primeiras descrições científicas de um vulcão em erupção", disse Zuchtriegel ao The Guardian. "Ao longo dos anos, outras datas foram propostas, mas a filologia moderna estabeleceu claramente que 24 de agosto é a data mais precisa."

Condições climáticas

O estudo também analisou as condições climáticas e as práticas agrícolas na antiga Pompeia. A descoberta de frutas como castanhas, que hoje são associadas ao outono, contradiz a data de agosto sugerida por Plínio.

No entanto, Gabriel argumenta que o clima e a biodiversidade podem ter sido diferentes naquela época: "As pessoas presumiram que a natureza e o clima eram sempre mais ou menos os mesmos, mas hoje estamos muito cientes de que não é esse o caso".

"É possível que Plínio estivesse certo", seguiu Zuchtriegel. "Isso também pode nos dizer algo sobre mudanças climáticas, biodiversidade e técnicas de conservação no mundo antigo. Por exemplo, ainda hoje há um tipo de castanha que amadurece em agosto, então encontrar uma castanha na antiga Pompeia não prova necessariamente que Plínio estava errado".