Nas imagens que circulam nas redes sociais, o suspeito aparece desenhando um símbolo fálico em uma parede original da antiga cidade de barro
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 13/05/2025, às 19h30
Um ato de vandalismo em Chan Chan, um dos sítios arqueológicos mais importantes do Peru, gerou indignação nacional e internacional após um homem ser flagrado pichando um símbolo fálico em uma parede de mais de 600 anos.
Nas imagens que circulam nas redes sociais, o suspeito aparece desenhando um pênis em uma parede original da antiga cidade de barro. Ele usava mochila e agiu sem ser interrompido, o que levantou questionamentos sobre a segurança do local.
Chan Chan, localizada cerca de 480 quilômetros ao norte de Lima, foi capital do reino pré-colombiano Chimu antes da chegada dos Incas no século 15. Considerada a maior cidade de barro do mundo, abriga palácios, templos e complexos residenciais em uma área de aproximadamente 20 quilômetros quadrados. O local é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1986.
O Ministério da Cultura do Peru condenou veementemente o ato. Em nota oficial, classificou a ação como “um grave desrespeito à nossa história e patrimônio cultural, bem como uma violação das normas que protegem os sítios arqueológicos”.
As autoridades ainda buscam identificar o autor, que pode ser condenado a até seis anos de prisão sob a legislação peruana de proteção ao patrimônio. A investigação está em andamento.
A repercussão do caso também reacendeu o debate sobre a segurança nos sítios históricos do país. Usuários nas redes sociais questionaram como o homem conseguiu agir sem ser impedido, considerando o valor histórico do local.
Chan Chan permanece na lista de patrimônios mundiais em perigo da UNESCO, e incidentes como esse reforçam os desafios para preservar o legado cultural diante da negligência e do vandalismo.
