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Notícias / Crime

O que se sabe sobre o suspeito de ter matado magnata em Nova York?

CEO da seguradora UnitedHealthcare, Brian Thompson foi morto a tiros no centro de Manhattan na última semana; paradeiro do atirador é incerto

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 09/12/2024, às 18h32

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CEO da UnitedHealthcare (à esq.) e o suspeito do assassinato (à dir.) - Reprodução
CEO da UnitedHealthcare (à esq.) e o suspeito do assassinato (à dir.) - Reprodução

Luigi Mangione, de 26 anos, foi detido nesta segunda-feira, 9, em um McDonald's em Altoona, na Pensilvânia, sob suspeita de ter assassinado Brian Thompson, CEO da seguradora de saúde UnitedHealthcare.

O crime aconteceu na última quarta-feira, 4, em frente a um hotel de luxo em Manhattan, Nova York. A prisão ocorreu após uma operação intensiva da polícia, que contou com helicópteros, cães farejadores e análise de câmeras de segurança. 

Brian Thompson, de 50 anos, ocupava o cargo de CEO da UnitedHealthcare, uma das maiores seguradoras de saúde do país. Sua morte chocou o setor e gerou intensa comoção em Manhattan, local que abriga a sede de várias corporações importantes.

Mangione foi descrito como um jovem brilhante. Foi orador de sua turma no Ensino Médio e concluiu seus estudos em ciência da computação na renomada Penn State University, com especialização em inteligência artificial, repercute o G1. A universidade é frequentemente associada ao grupo Ivy League, que reúne instituições de prestígio na Costa Leste dos EUA.

Apesar de sua formação promissora, Mangione demonstrava interesse pelo manifesto de Ted Kaczynski, conhecido como o "Unabomber". Kaczynski foi um matemático que cometeu uma série de atentados com cartas-bomba, deixando três mortos e dezenas de feridos entre 1978 e 1995. Ele alegava lutar contra a industrialização e escreveu um manifesto que só foi publicado após ameaças de novos ataques.

Prisão e Evidências

Mangione foi localizado após uma denúncia anônima de que ele correspondia às imagens divulgadas pela polícia. No momento da prisão, portava uma arma que, segundo as autoridades, parece ter sido fabricada com uma impressora 3D. Essa arma é semelhante à usada no assassinato de Thompson, baleado por volta das 6h45, em uma área nobre de Manhattan.

As investigações indicam que o suspeito deixou Nova York de ônibus logo após o crime. Na sexta-feira (6), uma mochila supostamente pertencente a Mangione foi encontrada no Central Park. Embora a polícia não tenha revelado o conteúdo da bolsa, o objeto foi crucial para ampliar a busca pelo suspeito.

Segundo o The New York Times, Mangione escreveu um manifesto criticando os planos de saúde nos EUA, o que pode oferecer pistas sobre sua motivação para o crime. O documento, no entanto, ainda não foi divulgado integralmente pelas autoridades.

Antes da captura, o FBI oferecia uma recompensa de R$ 300 mil por informações que levassem à prisão do suspeito, enquanto autoridades locais adicionaram outros R$ 60 mil. A captura de Mangione marca o início de uma fase mais detalhada na investigação, que buscará elucidar as circunstâncias exatas do crime e sua motivação.