No dia 28 de fevereiro, um Boletim de Ocorrência foi registrado contra estudante que, quase um mês depois, realizaria atentado na Escola Estadual Thomazia Montoro
Na manhã da última segunda-feira, 27, um adolescente de 13 anos realizou um ataque a facas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo. O atentado culminou com a morte da professora Elisabete Terneiro, de 71 anos, que sofreu uma parada cardíaca.
Segundo as autoridades, o jovem já apresentava comportamento agressivo e fazia referências nas suas redes sociais ao autor do massacre de Suzano, que vitimou oito pessoas em 2019.
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Em 28 de fevereiro deste ano, aliás, conforme repercute a Folha de S. Paulo, um Boletim de Ocorrência contra o aluno já havia sido emitido por uma funcionária da escola estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.
O adolescente estudava no local antes de ser transferido para o colégio da Vila Sônia no início do mês. De acordo com o documento policial, o estudante era visto como uma pessoa que já apresentava comportamento suspeito nas redes sociais "postando vídeos comprometedores, por exemplo, portando uma arma de fogo e simulando ataques violentos".
O aluno encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp, e alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos", relata outro trecho da ocorrência.
Por conta disso, os responsáveis pelo adolescente de 13 anos foram convocados à escola, sendo orientados a tomarem providências. O histórico de violência fez com que o aluno fosse transferido de colégio no último dia 6.
Horas após o atentado, já na parte da tarde de ontem, 28, o estudante foi levado ao 34º Distrito Policial para prestar depoimento sobre o atentato. Conforme relatado pelo delegado Marcos Vinicius Reis, o estudante do oitavo ano do ensino fundamental se demonstrou frio durante seu depoimento. As autoridades ainda apuram o que causou o ataque.
Ele [o autor do ataque] passou todas as informações de forma pormenorizada, ele admitiu os fatos. E as imagens são fortes”, afirmou o delegado. “Ele foi frio, não demonstrou muita emoção e admitiu, confessou, na presença da advogada, na presença dos pais.”