Segundo a agência espacial norte-americana, objeto entrou na atmosfera terrestre na última terça-feira e se desintegrou na Sibéria
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 05/12/2024, às 19h20 - Atualizado em 09/12/2024, às 07h04
O sistema de defesa global da NASA, projetado para identificar objetos espaciais em rota de colisão com a Terra, detectou na última terça-feira, 3, o asteroide COWECP5. Com 68 centímetros de diâmetro, o fragmento chamou atenção das autoridades pela possibilidade de colisão com nosso planeta.
No entanto, especialistas rapidamente confirmaram que ele não representava um risco significativo para o planeta.
O asteroide entrou na atmosfera terrestre sobre Yakutia, no leste da Sibéria, às 16h15 do horário local, onde se desintegrou. Durante o evento, ele produziu uma "bola de fogo muito brilhante" que iluminou o céu e foi visível a centenas de quilômetros de distância, criando um espetáculo memorável para os observadores da região.
A detecção do COWECP5 foi realizada pelo Sistema de Último Alerta de Impacto Terrestre de Asteroides (ATLAS), que identificou o objeto apenas sete horas antes de sua entrada na atmosfera. Este curto período demonstra a eficácia do sistema em prever e monitorar potenciais ameaças. O Observatório Nacional Kitt Peak, financiado pela NASA, também rastreou o asteroide antes de sua entrada.
Richard Moissl, chefe do gabinete de defesa planetária da ESA, destacou o papel do sistema em calcular o "corredor de impacto" com alta precisão, enquanto o professor Alan Fitzsimmons, da Queen's University Belfast, enfatizou a importância de avanços como este para a proteção contra ameaças espaciais.
"Foi pequeno, mas espetacular", afirmou Fitzsimmons em entrevista ao El Tiempo, referindo-se à bola de fogo visível de grandes distâncias.
Este caso marca a 12ª vez que cientistas preveem com precisão o impacto de um asteroide desde 2008, quando o primeiro evento do tipo foi registrado e fragmentos do objeto foram recuperados para estudos.
Desde então, sistemas como o ATLAS têm evoluído continuamente, utilizando seus quatro telescópios globais para expandir as capacidades de monitoramento e análise, fortalecendo a defesa planetária contra possíveis ameaças espaciais.