Autoridades agora investigam as causas do assassinato, para entender se foi motivado pela profissão do homem
Julio Valdivia, jornalista mexicano do jornal El Mundo de Veracruz, do México, foi encontrado decapitado na quarta-feira, 8. Encontrado perto de uma linha ferroviária, suspeitas iniciais apontavam um acidente envolvendo um trem. Todavia, a teoria foi descartada: foram revelados indícios de tortura.
A presidente da comissão para a Atenção e Proteção dos Jornalistas de Veracruz, Ana Laura Pérez, afirmou que o jornalista atuava em uma área violenta, “onde há grupos de delinquência”, segundo ela. A suspeita de Pérez é que Valdivia tenha relatado algo que não era de agrado desses grupos, que o silenciaram.
Na terça-feira, 7, o mexicano fez a cobertura de um confronto entre policiais e criminosos. Em 2020, já é o quinto caso envolvendo a morte de um jornalista. O dado é da organização Repórteres sem Fronteiras, que exigem que seja investigada a motivação do assassinato, para saber se foi em decorrência de sua profissão.
De acordo com o portal G1, o México possui um histórico negativo em relação a segurança dos profissionais de imprensa. Desde 2000, de acordo com a Comissão de Direitos Humanos, mais de 100 jornalistas foram executados no exercício de suas carreiras, sendo considerado um dos piores países no mundo nesse quesito. Quase 90% desses crimes permanecem impunes.