Durante o julgamento de Yostin Mosquera, uma testemunha revelou detalhes de uma interação com o acusado, sem saber que ele estava envolvido no crime
No dia 8 de julho do ano passado, Yostin Mosquera cometeu um crime brutal que chocou a comunidade de Shepherd’s Bush, no oeste de Londres. O colombiano, descrito como "performer pornográfico", assassinou Albert Alfonso, de 62 anos, e Paul Longworth, de 71, no apartamento do casal.
Após matá-los, Mosquera desmembrou os corpos e os colocou em malas, que mais tarde seriam encontradas na Clifton Suspension Bridge, em Bristol. O crime foi desvendado, em parte, graças ao testemunho de uma mulher que, sem saber da tragédia, teve uma interação com o acusado no mesmo dia do assassinato.
Segundo o The Telegraph, Yostin está sendo julgado desde a semana passada no tribunal Old Bailey, na capital inglesa, pelas mortes.
Durante o processo, admitiu a culpa pelo homicídio involuntário de Alfonso, alegando que o assassinato foi cometido em um momento de perda de controle, resultado de uma sessão de sexo extremo que saiu do planejado. No entanto, ele nega as acusações de assassinato, contestando a intenção premeditada por trás das mortes.
A vizinha, que morava no mesmo prédio do casal, ouviu barulhos fortes vindos das escadas e decidiu investigar. "Comecei a ouvir um barulho muito alto no corrimão, havia sons de raspagem, batidas, as escadas são de pedra e o som estava muito alto, como se alguém estivesse arrastando um objeto pesado, passo a passo", disse, segundo o jornal Metro.
Ao descer, ela encontrou um homem desconhecido carregando uma mala extremamente pesada. Presumindo que o homem precisasse de ajuda com o objeto, ela se ofereceu para ajudá-lo a levá-la escada abaixo.
"Ele parecia preocupado e me disse desculpas, recusando minha oferta", contou a testemunha, cuja identidade foi preservada. Ela percebeu que o homem parecia visivelmente estressado e surpreso por ser visto.
O homem tinha pele muito escura, olhos muito grandes e assustados, o que mais me marcou. Sua testa estava enrugada e marcada pela preocupação, ele parecia exausto, estressado, parecia que estava surpreso e não queria ver alguém como eu. Para mim, ele parecia assustado", afirmou.
A mala, que descreveu como "um grande baú de mágico", parecia incomum e suspeita, mas ela não sabia que dentro dela estavam os corpos de seus vizinhos. A vizinha também revelou que alguns dias antes dos assassinatos, ouviu vozes elevadas vindas do apartamento do casal, algo que nunca tinha presenciado antes.
Embora não tenha identificado quem estava envolvido na discussão, ela percebeu que uma das vozes não parecia ser de Paul Longworth, sugerindo que um terceiro, possivelmente Mosquera, estivesse presente no local.