Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Met Gala 2025

Met Gala: Modelo homenageia atriz negra que ajudou Resistência francesa na 2ª Guerra

No Met Gala 2025, Gigi Hadid optou por homenagear Josephine Baker, primeira grande estrela negra das artes cênicas, imortalizada no Panteão da França

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
[email protected]

Publicado em 06/05/2025, às 14h40

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Josephine Baker e Gigi Hadid - Getty Imagens
Josephine Baker e Gigi Hadid - Getty Imagens

Na última segunda-feira, 5, a cidade de Nova York recebeu o Met Gala 2025. Nesta edição, batizada de "Superfine: Tailoring Black Style" (Superfino: o estilo negro na alfaiataria, em tradução livre), o tema do dress code foi "Tailored for You".

Conforme repercute a Glamour, a edição foi focada na formação identitária negra. Assim, a modelo Gigi Hadid optou por homenagear Josephine Baker, considerada como a primeira grande estrela negra das artes cênicas.

Para isso, Hadid usou um vestido no estilo Miu Miu inspirado no design Zelda Wynn Valdes — reconhecida figurinista e estilista negra, que foi pioneira da moda nos anos 1940. 

Josephine Baker

Conhecida também pelos apelidos de Vênus Negra ou Pérola Negra, Freda Josephine McDonald nasceu em Saint Louis, no Missouri, em 3 de junho de 1906. Sua carreira foi centrada na Europa, principalmente na França, onde se tornou a primeira mulher negra a estrelar um grande filme — o longa mudo 'A Sereia dos Trópicos' (1927).

Durante a Segunda Guerra Mundial, Baker também ajudou a Resistência Francesa, segundo pesquisa de William W. Bostock, da Universidade da Tasmânia. A atriz também trabalhou com o Serviço Secreto de Inteligência Britânico e o Serviço Secreto dos EUA — o que só foi descoberto em 2020, com a desclassificação de documentos franceses. 

Pós-Guerra, ela foi condecorada com a Medalha da Resistência pelo Comitê Francês de Libertação Nacional, a Croix de Guerre, além de ser nomeada Cavalheira da Legião de Honra pelo General Charles de Gaulle.

Josephine Baker também esteve ligada às lutas pelos direitos civis. Nos Estados Unidos, ela chegou a se apresentar para um público segregado e até mesmo chegou a receber uma oferta de liderança, em 1968, após o o assassinato de Martin Luther King. A atriz, porém, recusou devido a preocupações com o bem-estar de seus filhos.

Baker faleceu em 12 de abril de 1975, aos 68 anos. Em novembro de 2021, ela foi introduzida no Panteão da França, tornando-se a primeira mulher negra a receber a honraria nacional.