Um mergulhador britânico comprou os destroços de um navio da Primeira Guerra por apenas R$ 2.300, após ver anúncio inusitado no Facebook Marketplace
Um mergulhador britânico comprou os destroços de um navio da Primeira Guerra Mundial por apenas £300 (cerca de R$ 2.300), após ver um anúncio inusitado no Facebook Marketplace.
Dom Robinson, de 53 anos, é mergulhador há mais de quatro décadas e não pensou duas vezes ao adquirir o SS Almond Branch, um cargueiro a vapor afundado por um submarino alemão em 1917, na costa da Cornualha, na Inglaterra.
A embarcação, com 100 metros de comprimento e cerca de 3.000 toneladas, repousa a 50 metros de profundidade próximo a Dodman Point. Ela foi originalmente comprada nos anos 1970 por alguém que esperava encontrar tesouros a bordo.
Mas, como Robinson mesmo descreveu em entrevista à BBC, o que restou foi apenas "um grande monte de ferro enferrujado". Ainda assim, o mergulhador ficou fascinado com a possibilidade de ter a posse legal de um naufrágio.
Após o pagamento, ele recebeu uma carta oficial do Receiver of Wreck, órgão do governo britânico responsável por gerenciar a propriedade de embarcações naufragadas, confirmando que agora é o dono legítimo da embarcação.
Embora não interfira em vendas, o órgão mantém um banco de dados de proprietários e deve ser notificado caso itens sejam retirados de destroços. Segundo a lei, qualquer objeto encontrado precisa ser reportado em até 28 dias.
Robinson já havia mergulhado no local antes da compra e agora planeja voltar com mais frequência. “É diferente quando você mergulha em algo que sabe que é seu”, afirmou o britânico, que possui mais de 9 mil seguidores no YouTube.
Segundo ele, o navio era movido a vapor e teria viajado pelo mundo. "É um naufrágio relativamente conhecido na região, então já o havia visitado antes, sabia exatamente o que estava comprando. Diz-se que levava carga geral, ou seja, qualquer tipo de coisa podia estar a bordo. Tem uma base de canhão, mas a arma não está lá. Gostaria muito de saber o que aconteceu com ela", contou ao veículo CornwallLive.
Ele também expressou o desejo de encontrar o sino original do navio. "Se alguém encontrar o sino, espero que me avisem. É meu, afinal", brincou.