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Notícias / Igreja Católica

Leão XIII: quem foi o último papa Leão, mais antigo registrado em vídeo?

Leão XIII morreu em julho de 1903 aos 93 anos, e é o papa mais antigo já registrado em vídeo; conheça sua história e seu papado!

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 08/05/2025, às 14h55 - Atualizado em 09/05/2025, às 07h44

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Papa Leão XIII - Domínio Público
Papa Leão XIII - Domínio Público

Nesta quinta-feira, 8 de maio, o mundo recebeu a notícia de que um novo papa foi escolhido. De origem dos Estados Unidos, ele tem como nome de batismo Robert Francis Prevost, e adotou para seu pontificado o nome de Leão XIV.

Curiosamente, o último papa Leão foi uma figura bastante importante na história da Igreja Católica. Ele teve um dos papados mais longos da história, durando 25 anos, conhecido por modernizar a igreja e defender a justiça social, e morreu em 20 de julho de 1903. Ele também foi o homem mais velho a comandar a Igreja Católica, visto que morreu aos 93 anos.

E outro fato inusitado, que nem todos devem saber, é que ele também é o protagonista do registro mais antigo de um papa em vídeo, sendo registrado em 1898, quando ainda tinha 88 anos. A filmagem histórica foi feita por William Kennedy Dickson, um dos inventores das primeiras câmeras de cinema, que trabalhava junto de Thomas Edison, nos Estados Unidos. Confira:

Papado de Leão XIII

Segundo a Revista Galileu, Leão XIII ficou conhecido como "papa dos operários". Líder da Igreja de 1878 a 1903, ele encabeçou mudanças significativas na postura do Vaticano com relação às transformações políticas e sociais do mundo durante o século 19, com fenômenos como a industrialização, o movimento operário e o fortalecimento dos Estados-nação.

Ele nasceu em Carpineto Romano, na Itália, no dia 2 de março de 1810, chamado Vincenzo Gioacchino Raffaele Luigi Pecci. Antes de ser papa, formou-se em filosofia, teologia e direito, e foi também diplomata da Santa Sé e arcebispo e núncio apostólico na Bélgica; quem o criou cardeal foi Pio IX, em 1853.

Quando assumiu a liderança da Igreja, ela se via em um cenário de conflito constante com o novo Estado italiano, que tomou os Estados Pontifícios em 1870 — o que a Igreja se recusava a reconhecer.

Um episódio marcante de seu pontificado se deu em 1891, quando publicou a encíclica — documento criado pelo papa para orientar seus fiéis — Rerum Novarum, o que muitos consideram como o marco inaugural da doutrina social da Igreja.

Nela, o papa abordou a condição dos trabalhadores na era industrial, e condenou o liberalismo econômico e o socialismo ateu. O documento também defendia o direito à propriedade privada, bem como a justiça social, a dignidade do trabalho e a responsabilidade do Estado em defender os mais pobres.

Em paralelo, ao longo dos 25 anos de pontificado, Leão XIII buscou renovar a vida intelectual e espiritual da Igreja. Ao todo, ele escreveu mais de 80 encíclicas, e ainda promoveu a abertura dos arquivos secretos do Vaticano a estudiosos, incentivou os estudos bíblicos baseados em métodos científicos, e também defendeu o ensino religioso nas escolas públicas.