O adolescente Victor Hugo, de 14 anos, foi atacado por um enxame de abelhas enquanto tentava recuperar uma bola que caiu em uma área de mata
Na última sexta-feira, 14, o adolescente Victor Hugo, de 14 anos, foi atacado por um enxame de abelhas enquanto tentava recuperar uma bola que caiu em uma área de mata próxima a uma escola pública na região da Fercal, no Distrito Federal.
O jovem jogava futebol com colegas na quadra da escola quando a bola passou por cima da grade e caiu em uma ribanceira. Três estudantes passaram por um buraco na cerca para buscá-la, mas, ao serem surpreendidos pelas abelhas, dois conseguiram escapar. Victor Hugo, porém, não conseguiu sair do local e levou cerca de 4,5 mil picadas.
Testemunhas relataram que tentaram espantar os insetos com fumaça e fogo, o que acabou provocando um incêndio na vegetação próxima ao adolescente. O médico Madson Rodrigo, que trabalha em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima à escola, foi chamado para o resgate.
Ele tinha ferrão por todo o corpo, abelha muito aderida ao rosto, ouvido e boca. Muito ferido mesmo, e se queixando de muito de calor no corpo, acredito que pelo veneno da abelha e também pelo calor do fogo que já estava ali próximo dele", contou ao g1.
O médico aplicou adrenalina para evitar um choque anafilático e, com o auxílio de funcionários da UBS, conseguiu retirar Victor Hugo do local. Letícia de Oliveira Araújo, tia do jovem e também funcionária da UBS, foi a primeira a chegar ao resgate após ser avisada pela filha, que estuda na mesma escola.
Segundo ela, o sobrinho estava muito inchado, coberto de ferrões e pedia água. "Ele estava todo preto, cheio de ferrão. A boca cheia de abelha, estava grudado [abelhas] dentro do ouvido. Não tinha um local que não estivesse coberto de abelha", disse ao g1.
Uma imagem divulgada pela família mostra o tórax do adolescente escurecido devido à quantidade de ferrões. Victor Hugo foi levado para um hospital particular na Asa Sul, onde está internado na UTI, entubado e em coma induzido. Apesar da gravidade do caso, a família informou que ele apresenta evolução positiva, com controle das dores, redução dos edemas e eliminação de toxinas.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2024, mais de 33 mil acidentes com abelhas foram registrados no Brasil, resultando em 119 mortes.