Após a peregrinação mensal de centenas de fiéis, a Igreja Católica abriu uma investigação sobre a estátua da Virgem de Trevignano
Nesta quarta-feira, 6, a Igreja Católica emitiu um comunicado negando a veracidade de supostas “aparições” presenciadas por uma “vidente”, que afirmava ter visto a imagem de uma virgem chorando sangue na Itália.
Há alguns anos, Gisella Cardia, uma siciliana de 54 anos, garante que mantém uma comunicação direta com a virgem. Este caso, que ganhou repercussão na imprensa internacional, atraiu centenas de peregrinos para a cidade de Trevignano Romano, ao norte de Roma.
Além disso, Gisella, condenada por falência fraudulenta em 2013, também relata ter testemunhado eventos que ela descreve como uma multiplicação de pizzas e nhoques, comparável ao “milagre da multiplicação dos pães” narrado no Evangelho.
Vendo a magnitude que o caso ganhou, a diocese de Civita Castellana, localizada ao noroeste de Roma, abriu uma investigação. Após um ano, a diocese “decretou o caráter não sobrenatural dos fatos” ocorridos em Trevignano Romano.
Conforme repercutido pelo G1, Igreja disse ter conduzido uma avaliação “cuidadosa” do caso, que incluiu o testemunho de várias pessoas e a consulta a uma comissão composta por um psicólogo e um especialista em estudos da Virgem Maria.
Este caso começou em 2016, quando Gisella retornou a Trevignano Romano com uma estatueta nas mala, após realizar uma peregrinação na Bósnia e Herzegovina. Ela garante ter visto a imagem chorar sangue e multiplicar alimentos, levando centenas de fiéis a rezarem diante da estátua da Virgem de Trevignano no dia 3 de cada mês.
A imagem, protegida por um vidro, está localizada em um amplo terreno com vista para o Lago Bracciano, acompanhada por uma grande cruz azul, um altar e bancos de madeira.
Conhecida como “a vidente” entre os peregrinos, a mulher também alega ter estigmas em sua pele, além de realizar profecias sobre a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia.